quinta-feira, 30 de junho de 2011

A música escondida pela censura


É de conhecimento geral o fato de que a Censura, durante a Ditadura Militar em nosso país, agia sob todos os aspectos da sociedade, inclusive no cultural. Censuravam músicas, por exemplo, proibindo-as de serem tocadas ou fazendo com que fossem reescritas.
A partir de tal fato, o produtor Marcus Fernando reuniu em quatro shows 52 músicas que, na época, sofreram censura. A série, intitulada “Cale-se - A censura musical”, começa hoje e vai até o dia 10 de julho, às 19h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB; Rua Primeiro de Março, 66, Centro, Teatro II - Rio de Janeiro) e promete ser uma série única, uma vez que apresenta as músicas como eram originalmente.
Dentre as músicas apresentadas encontra-se o grande sucesso “Apesar de você”, de Chico Buarque; “Mestre-sala dos Mares”, que foi reescrita por ter sido censurada devido aos trechos explicitamente referentes à Revolta da Chibata; “Bolsa de Amores”, que supostamente ofendia às mulheres; “Chico Brito”, samba de Wilson Baptista e Afonso Teixeira, que já havia sido gravado muito antes de ser vetado pelo verso “fuma uma erva do norte”; “Tiro ao Álvaro”, proibida pelo vocabulário peculiar a Adoniran Barbosa, considerado de “mau gosto”.
O quarto show, com Eduardo Dussek e Cris Delanno, dedica-se ao pop rock, com músicas, por exemplo, de Raul Seixas - “Óculos escuros (Como vovó já dizia)” teve sua letra quase toda modificada por Paulo Coelho ao ter de ser reescrita. O primeiro disco da banda “Blitz” saiu com duas faixas arranhadas, pois haviam sido vetadas e a gravadora optou por essa medida para não ter de fabricar novamente os Lps.
Considera-se que o rock tenha sido o gênero que mais se utilizou dos acontecimentos da Ditadura Militar em suas letras. Fazendo relações explícitas ou subentendidas, metáforas e jogos com as palavras e fatos. A arte é realmente demais, capaz de ser bela até mesmo quando envolve, por opção, questões político-econômico-sociais. Vale a pena assistir!

Programação:
Dias 30 e 1° de julho: A MPB Calada - parte 1; com Fátima Guedes e Zé Luiz Mazziotti. Músicas de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, João Bosco, Djavan, Toquinho, entre outros.
Dias 02 e 03 de julho: A MPB Calada - parte 2; com Verônica Ferriani e Zé Renato. Músicas de Gonzaguinha, Taiguara, Sergio Ricardo, Geraldo Vandré, Belchior, Ednardo, entre outros.
Dias 07 e 08 de julho: Censurando o popular; com Inez Viana e Alfredo Del-Penho. Músicas de Odair José, Fernando Mendes, Waldick Soriano, Luiz Ayrão, Benito di Paula, entre outros.
Dias 09 e 10 de julho: O Pop Rock Proibido; com Eduardo Dussek e Cris Delanno. Músicas de Rita Lee, Cazuza, Raul Seixas, Leo Jaime, Pepeu Gomes, Evandro Mesquita, entre outros.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A queda de um Mito


Por Carlos Pinho

O River Plate, uma das equipes mais tradicionais das Américas, foi rebaixado para a segunda divisão argentina. Clube de craques como Aimar, Daniel Passarella, Di Stéfano e Enzo Francescoli, empatou com o Belgrano por 1 a 1 e como havia perdido a primeira partida da repescagem por 2 a 0, acabou de fora da elite do futebol de seu país. 


Coincidência ou não, o dia 26 de junho passou a ter dois lados para os “Milionários”. Nesta data, mas no ano de 1996, o time comandado pelo uruguaio Francescoli vencia a Taça Libertadores. Quis o destino lhe reservar uma triste página 15 anos depois.  

 

Poesia profunda

Para começar bem a semana, sem perder o fio poético que se instaurou aqui no blog, trago para todos os leitores uma poesia que irá tocá-los lá no fundo (com todo o respeito). Conheça outras obras de Dogcão e sua turma.

domingo, 26 de junho de 2011

A vinda de um mito


       

Em outubro virá ao Brasil um dos maiores artistas internacionais e possivelmente o maior guitarrista vivo. Eric Clapton, músico que atravessou gerações, é o único guitarrista que pode se orgulhar de ter gravado solos para os Beatles, além do próprio George Harrison, obviamente. Foi inclusive o organizador do belíssimo show-tributo em homenagem ao último.
Com sucessos em diferentes épocas e em diferentes estilos como "Cocaine", "Layla", "Tears in Heaven", "Wonderful Tonight", o cantor-compositor também deu nova vida a sucessos de outros artistas, como em "I Shot the Sheriff" de Bob Marley ou dos enormes sucessos do Blues que gravou aos montes, garantindo o resgate histórico de figuras como B.B.King, Buddy Guy, Albert King, Robert Cray, Steve Ray Vaughan e tantos outros.
Sem dúvida, é uma grande oportunidade para os fãs brasileiros de sua boa música e, em especial, aos fãs da guitarra elétrica, dada a enorme influência do artista para gerações e gerações de guitarristas no mundo inteiro.

Buteco Filosófico


Por Carlos Pinho

Democracia , pra quem seria ?
Se o meu desejo é revelia
E o meu ranger se anestesia
Por ser tão pouco num todo

Oh , doce ilusão impregnada de lôdo
Emperrada na batalha do dia
Descompassada , um cego sem guia
Bebendo de um copo vazio , quem diria ?

No entanto , o povo clama pelo ontem
E a sua voz , contam aí , é a de deus
Quiçá , o que signifique aos ateus

Se não passamos de meros e pobres plebeus
E o problema da nação são os filhos seus
O homem é produto do meio ou invenção d'alguém ?



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Michael não morreu


Por Ribamar Filho


A sensação é estranha. Não me parece que Michael tenha morrido. Apesar de todos dizerem que ele não está mais entre nós, o eterno Rei do Pop teima em continuar conosco. A maior e melhor referência no universo da música pop é ele ainda e o será por muito tempo. E se Elvis não morreu, porque Michael haveria de ter morrido? Amanhã, 25 de junho, faz dois anos que enterraram um corpo. Mas a lenda sobrevive, cada vez mais talentosa, fascinante, inovadora e reveladora. Enfim, um brinde a Michael Jackson!


Neste post, escrevo não como crítico, mas como fã. Fui pêgo de surpresa, há dois anos, com o anúncio de sua morte prematura aos 50 anos. Mas é impossível conjugar os verbos no passado. Eu sinto a presença desse artista completo, que continua sendo inspiração para vários de seus contemporâneos, que sempre fazem menção ao Rei em suas apresentações, músicas e clipes.




Até o lançamento de Thriller, em 1982, a ferramenta videoclipe não era tão bem explorada. Mas Michael arrebentou! Seguiram-se Billie Jean, Beat it, Bad, Black or White, Remenber the time, Smooth Criminal e tantos outros. Referência no gênero, trouxe a estética certa para uma ferramenta de divulgação que jamais seria a mesma depois dele.


Muitas surpresas durante sua breve passagem pelo mundo da música, da arte e da dança. Passos como moonwalk e robot são dois estilos inéditos, que introduziram um novo modo de dançar e são febre em todo o mundo. As turnês mais caras e disputadas. Efeitos especiais, coreografias inovadoras e histeria marcam sua história. Os palcos ainda esperam o seu retorno e ele há de voltar.


E ainda nos chegam músicas inéditas. As homenagens e os tributos não param. Os clipes de Hollywood Tonight e de The Behind The Mask Project são exemplos vivíssimos do quanto somos fascinados e agradecidos a Michael.




Sua influência é infinita. Pensar em música, estilo, arte, inovação e tantos outros adjetivos referentes ao mundo pop, sem pensar em Michael é quase uma blasfêmia.


Eu disse lenda lá em cima? Que lenda que nada! Ele é real. Sua presença é viva dentro dos corações de todos os artistas, de todos os músicos e principalmente, de todos nós, fãs de carteirinha.


Michael para sempre. Jackson forever!

VERDE QUE TE QUERO VER-TE!

Imagem: REPRODUÇÃO DA INTERNET


Atualmente a questão sustentável se tornou mais do que a palavra propriamente indica ser, virou marca lucrativa. Ela é “vendida” por empresas que desejam atrelar seus produtos a um selo que pode trazer bons retornos.

Mas o quanto os produtos que trazem essa marca realmente ajudam o meio ambiente e o quanto não passam de discurso para faturar mais?

Partindo desse princípio, uma equipe de pesquisadores veio para decepcionar os consumidores que buscam cada vez mais os produtos “verdes’, ou ecologicamente corretos, ao afirmar que os ingredientes destes produtos podem ter origem em uma surpreendente fonte: o petróleo.

Em um estudo apresentado nesta semana no 241º encontro da Sociedade Americana de Química, a cientista Cara Bondi descreveu sua análise de mais de uma dúzia de produtos de limpeza de louças e roupas, além de líquidos de higiene pessoal.

Sem definições legais para produtos com desenvolvimento sustentável, natural ou renovável, Cara Bondi e seus colegas usaram um indicador incontestável cientificamente:

“De onde é que o carbono destes produtos se origina? Será que vem das plantas ou de produtos petroquímicos produzidos sinteticamente a partir do petróleo?”

Para responder a essa pergunta, a equipe de Bondi buscou uma variação da famosa técnica de datação por carbono 14, geralmente utilizado para a análise de carbono em fósseis, tecidos e outros artefatos. A técnica foi usada para determinar a origem do carbono nos produtos de limpeza, já que legalmente não há definições determinantes de "sustentável, natural ou renovável" no conteúdo de carbono do produto.

Os produtos testados, vendidos como verdes no mercado americano, traziam em suas fórmulas, muito menos de 50% do carbono derivado de fontes naturais. Alguns apresentaram somente 28% do carbono com origem orgânica.

Cara Bondi afirma que em um dos casos mais notáveis, um produto que era vendido como “livre de petróleo” continha 31% de carbono gerado a partir desta fonte.

“- Nem todo o carbono é criado igual. O carbono proveniente do petróleo não é um recurso renovável. Ninguém contesta que precisamos usar menos petróleo, e os produtos de consumo diário não podem ser exceção”, afirma Bondi.

O estudo mostrou que alguns produtos de limpeza como sabão em pó, líquido para lavar louça e sabonete que afirmam ser eco-friendly, não estão 100% livre de petróleo, tal como falam em suas embalagens e etiquetas.

O estudo mostrou uma variação incrível de marca para marca, e provou que nenhum deles é 100% "verde" ou derivado somente de materiais à base de plantas.

As especificações estão por toda a parte como produtos para lavar as mãos contendo 28% de carbono de origem vegetal, líquido para lavagem de roupas também contendo 28% e detergente líquido que obteve o melhor resultado apresentando 43% de carbono "verde". Nenhum deles apresentou 100% carbono vegetal em sua origem, mas os produtos de limpeza comercializados como "produtos verdes" contêm 50% mais carbono à base de plantas que outros produtos de limpeza.

O estudo também descobriu muitas discrepâncias de rótulo para o conteúdo real. Por exemplo, um produto que diz ser "livre de química de petróleo" possui, de fato, apenas 69% de carbono à base de plantas, o restante é derivado do petróleo.

Pelo menos agora descobrimos que as informações fraudulentas nas etiquetas que indicam "produto verde" ou "livre de petróleo" nos produtos de limpeza disponíveis no mercado, apesar de propaganda enganosa, servem para mostrar que estes produtos contêm muito menos carbono originado do petróleo do que produtos de consumo sem a classificação verde.

Na verdade, o mundo se preocupa mais com outro “produto” de cor verde: o Dólar!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O samba, segundo Cyro Monteiro


Por Carlos Pinho

Cyro Monteiro nasceu no bairro do Rocha, zona norte do Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1913. Sobrinho de pianista, desde cedo já sabia que seu destino seria a música. Numa das muitas reuniões musicais em que participou na casa do tio, Cyro chamou a atenção de Sílvio Caldas, um dos cantores de maior sucesso na época e que acabou sendo o responsável pelo seu lançamento. Em 1938, emplacou o primeiro sucesso: Se Acaso Você Chegasse, de Lupcínio Rodrigues.


Mestre do samba sincopado, gênero marcado pelo ritmo quebrado, gingado e pelo fraseado sinuoso, Cyro Monteiro foi a personificação plena do jeito carioca de ser. Com um estilo único de cantar e de batucar na caixinha de fósforo, ficou conhecido como “o cantor das mil e uma fãs”. Pelos amigos, era chamado de “Formigão”.


Em 1956, se aventurou na carreira de ator ao participar da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes. Uma história que ficou muito conhecida e que virou música ("Ilmo. Sr. Cyro Monteiro" ou "Receita para virar casaca de neném", que envolve o cantor Chico Buarque, sua filha, Sílvia Buarque e uma camisa rubro negra). O próprio Cyro conta o “causo”, em entrevista de 1972, sentado à mesa com Sérgio Cabral, Elke Maravilha, Lúcio Alves e Carminha Mascarenhas:


Flamenguista e mangueirense, o carismático cantor tinha grande capacidade em fazer amigos, como relata Vinícius de Moraes na contracapa do álbum Senhor Samba, de 1961: "Uma criatura de qualidades tão raras que eu acho deplorável qualquer de seus amigos não se haver dito, num dia de humildade, que gostaria de ser Cyro Monteiro. Pois Cyro, para lá do cantor e do homem excepcional, é um grande abraço em toda a humanidade”.


Cyro morreu em 13 de julho de 1973, aos 60 anos.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Samba das Religiões

Oxalá quis fazer um samba
Inicialmente era só para animar o terreiro de bamba
Jogando água de cheiro
Eis que a festa ganhou proporção no mundo inteiro
Abrangendo qualquer religião.
O primeiro a entrar na roda foi Jesus Cristo
Só batendo na palma da mão
Ele dizia: "Com cavaquinho não me arrisco!"
Logo depois a galera foi chagando
Allan Kardec foi logo pegando o banjo
Nossa Senhora muito animada começou a cantar
Formando o vocal de apoio com Iemanjá
O ritmo estava ficando bom
E lá na Grécia Antiga
O Messias foi buscar o Poseidon
Que ficava no pandeiro
Naquele momento todos eram partideiros
Exu alcançou o Nirvana
Enquanto Ganesha usava um guia bacana
Shiva comandou o som no tantã
E o ronco da cuíca quem fazia era Iansã
São Sebastião arranhava o cavaquinho
Lúcifer apareceu meio tímido
Soprando o trompete bem baixinho
O samba estava na maior agitação
Adonai estava com o xequerê na mão
No meio da roda Vishnu tocava violão
Satanás e Jeová juntos gritavam:
"Aqui não existe preconceito não!"
Maomé cantava o hino de Umbanda
Até Belzebu requebrava como um bamba
Nadar fazia chorar a viola
E Deus já tinha um samba pronto na cachola
Oxum ficou no agogô
Ninguém tocava tamborim melhor do que Xangô
Minerva e Marte trouxeram de Roma uma folha de arruda
Sem parar de batucar estava o Buda
A galera gritava Alá, Aleluia, Amém e Saravá
Mesmo com o Sol chegando a folia não podia acabar
A roda de samba era uma verdadeira união
Virou uma só religião
E o que parecia impossível aconteceu
Quem comandava o surdo era um Ateu
E o maestro era São Judas Tadeu
Anúbis e Osíris vieram do Egito
Moisés e Oxóssi conduziam o agito
Acredite quem quiser
Afrodite estava sendo cantada por Noé
São Jorge fazia a feijoada
A galera já estava esfomeada
O samba estava apenas começando
O Zé Pilintra só ficava sambando
Ninguém sabia quem era Tirthankaras
Mas foi só ele pegar na flauta
Que houve uma salva de palmas
Zeus fazia barulho gritando Axé
Nesta altura até Brahma estava com samba no pé
Esta poesia não é uma ofensa a nenhuma religião
É apenas uma forma de expressão
Para o preconceito diga não
Valeu meu irmão

domingo, 19 de junho de 2011

Quem???

Cada vez mais o Dogcão e sua turma extrapolam o limite da babaquice em seu estado bruto e idiota.

Uma criatura ideada em 1994, instituído de tenra inventividade pueril, encorpou-se em um bucólico ato peralta até culminar em sua celeuma. Cada pormenor foi esculpido, desde as leves nuances de suas matizes até o magistral sorriso que precede uma personalidade sarcástica, mordaz, pungente, irônica, idiota, satírica, pastelão, grotesca, ridícula, inteligente, sagaz, cômica, burlesca, astuta, empírica, caricata, etc. denominada pelos sábios, bobos, benfeitores, público, seguidores, fãs, mequetrefes, admiradores, etc. por Dogcão.

Se você não entendeu nada, não se preocupe, eu também não! Isto é somente para você saber que estamos no blog do historiador, compositor e professor Carlos Alberto Pinho.

Deleitam-se com as tiras mais engraçadas do planeta. Para os mais sérios abram o coração e divirtam-se também com o que há de mais imbecil das criações de Rodrigo Shampoo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Visite a Casa de Rui Barbosa

Por Carlos Pinho

A Casa de Rui Barbosa é considerada o primeiro museu-casa do país e foi aberto à visitação pública em 13 de agosto de 1930. Tem como característica o fato de retratar uma casa, preservando a decoração e a estrutura da época vivida pelo intelectual. Rui Barbosa morou na residência entre os anos de 1895 e 1923 com sua esposa, Maria Augusta, e seus cinco filhos.

Rui Barbosa está no hall dos homens mais brilhantes da nossa história. Incentivado pelos pais, fez do estudo uma paixão e uma bandeira. Foi jurista, político, diplomata, escritor, filólogo e jornalista. Foi um dois maiores mestres na oratória de todos os tempos e chegou a ser ministro da fazenda no governo do Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do Brasil.

Endereço: Rua São Clemente, 134 , Botafogo – Rio de Janeiro – RJ
Informações: www.casaruibarbosa.gov.br ou (21) 3289-4683

quinta-feira, 16 de junho de 2011

SPFW no circuito da moda mundial


Por Ribamar Filho

Todos já conhecem a semana de moda mais famosa do país: a São Paulo Fashion Week (SPFW). Criada em 1996 por Paulo Borges, se consolida como o ponto alto da moda brasileira ao revelar as principais tendências para a estação e por apresentar as maiores grifes do país em desfiles sempre de encher os olhos. Já são 15 anos de história. E a presença mais esperada continua sendo a da top Gisele Bündchen, por motivos óbvios.

A semana de Sampa ja é o mais importante evento de moda da América Latina e corre, a todo vapor, para integrar o circuito da moda mundial ao lado de Paris, Milão, Nova York e Londres.

Uma edição que nunca vai sair da nossa memória é a de 2004, quando o estilista Jum Nakao entrou para a história da moda mundial ao apresentar o seu trabalho “A costura do invisível” com o desfile impactante em uma coleção inteira feita de papel, que, no final, foi literalmente rasgado pelas modelos.


Além de estilistas e marcas como Animale, Colcci, Gloria Coelho e Ronaldo Fraga, gente graúda do mundo da moda e famosos fazem grande barulho. Já foram várias as participações especiais: pisaram na passarela da SPFW nomes como Paris Hilton, Ashton Kutcher, Christina Aguilera, Naomi Campbell e Raquel Zimmermann.

Nessa edição, com as tendências para o verão 2012, vão desfilar designers de 35 grifes nas passarelas da Bienal do Parque do Ibirapuera até o próximo sábado, dia 18 de junho.

Mais informações, no site oficial: http://www.ffw.com/ no link SPFW. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sonhos estranhos: meu encontro com Jesus Cristo!



Esse sonho foi bem marcante. Uma mulher vestida de branco e loira flutuava no ar levantando as ondas que submergiriam a cidade. Eu sobrevivi e quando a água baixava os sobreviventes ficavam desesperados para reencontrar suas famílias, eu não estava excluída disso.
O interessante é que a pastelaria e o resto do comercio voltou a trabalhar normalmente (nem perto do fim do mundo eles param!) e eu comi um joelho, só que a novidade é que ao comer uma dor terrível no baixo ventre começou a apitar, e nao era dor de barriga, era pior que cólica menstrual, e todas as pessoas estavam sentindo. Alguém me explicou que era uma mutação que todo mundo começou a sentir após a enchente, e eu acabei descobrindo que piorava se você comesse carne vermelha.
Mas o pior é que a enchente tornou a acontecer mais 4 vezes e eu fui sobrevivendo a cada uma, teve uma hora que eu conversei com a mulher de branco e pedi pra ela não deixar que eu fosse comida por tubarão (tenho pavor de tubarão) mas ela apenas ficou rindo, na ultima vez que ela reapareceu nós estávamos num lugar que parecia a Igreja do meu bairro, e eu implorava a ela pra não mandar de novo, pra ela poupar a gente. Eu sei que ela resolveu mandar Jesus para salvar os inocentes jogando um pequeno tubo de proveta no chão que exalava uma fumaça branca.
Não vi o rosto dele porque fui acordando mas senti como se uma energia boa tivesse percorrido meu corpo, e acho que ele disse que eu devia continuar com a minha missão depois de 2012, mas exatamente o que ele disse eu não sei. Isso que dá ficar ligada nas catástrofes naturais que ocorreram na primeira década de 2000 (veja postagem referente a isso no link a baixo)

http://diariosdebordo-2.blogspot.com/2011/04/planeta-terra.html

De livre só há os versos

Não há mais nada para ser escrito
Tudo já foi também reescrito
Palavras, imagens, sons.
Intertextualidade
Não há mais nada novo.
Palavras ordenadas de modo diferente
Sinônimos
Escrever o que se sente
Agir em desacordo.
Antônimos
Insisto
Persisto nessa ideia.
Escrevo.
Já nem sei mais o que.
Não é nem pra mim
Muito menos pra você.
Minha inspiração é o fim.
Inspiração? Ou seria expiração?!
Expulso o ar dos pulmões
Expiação!
Escrevo.
Bobos, inteligentes, esquisitos
Hão de me ler e admirar.
Não sei se é adequado que o façam.
Errado? Ao certo não sei o que é.
Sentido? Não o procuro.
Nada há aqui de extraordinário.
É apenas um poema ordinário.
Um poema?
Um sentimento.
Tolo e comum.
O fim é iminente.
Será?
Opinião momentânea.
Tristeza passageira.
Cegueira.
Daqui a pouco passa.
E mudo.
Passou!
Inconstância.
Típico de poetas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A DIFÍCIL ARTE DA ESCOLHA!

Imagem: REPRODUÇÃO DA INTERNET

Diariamente vivemos um processo que envolve a melhor escolha.

Pela manhã, escolhemos o que tomar no café da manhã, logo depois, escolhemos a roupa que vamos vestir, o melhor caminho até o trabalho, o horário e o cardápio do almoço.

Escolhemos ao longo da nossa vida a matéria que mais nos agrada, a profissão ideal...

Fazemos a opção pela namorada ou namorado. Depois complica um pouco, quando chega a hora das escolhas que envolvem o casamento. Geralmente o casal escolhe quando e quantos filhos irão ter. Alguns fazem questão até de escolher os namorados e companhias para os filhos, mesmo que muitas vezes estes não lhe deem ouvidos.

Aqueles considerados privilegiados têm a opção de escolher entre lanchar fora ou pedir algo em casa, isso depois que escolhem o local e o que irão pedir.

Resumindo, a vida é feita de muitas escolhas, e muitas vezes, nos vemos reclamando da opção errada.

Quem nunca ficou chateado por ter mudado o pedido e não ser exatamente o que esperava?

A questão é que nem sempre somos felizes.

Nos relacionamentos, quantos namoros e casamentos marcam a vida de uma pessoa? Quantos não são necessários até se chegar ao casal ideal? E a vida profissional? Nem sempre somos felizes com nossas escolhas, estamos sempre questionando.

Muitas vezes vemos as pessoas reclamando das filas dos bancos ou dos supermercados super lotados, mas permanecem ali, não reagem. Tem a opção de escolher outro local, mas preferem ficar quietos.

Mas cada qual paga por sua escolha, é assim a roda da vida.

Que bom seria se além de escolher, tivéssemos a sensibilidade de selecionar, dentre essas, apenas as coisas úteis e positivas.

Parafraseando o ditado popular, escolher errado é humano, mas persistir na escolha errada é burrice!

domingo, 12 de junho de 2011

Coral Municipal de Petrópolis: Clássicos do Rock

Texto e Imagem: Elis Bondim

Quando pensamos em um coral, logo nos vem à mente música clássica ou até alguns outros gêneros - por exemplo, uma leve bossa nova - mas dificilmente pensaremos em rock. E por que não?
O Coral Municipal de Petrópolis resolveu inovar e pôs em prática essa ideia. Sexta-feira e sábado passados (10/06 e 11/06) apresentaram a 2a edição do “Clássicos do Rock”, em que os integrantes cantam lindamente músicas deliciosas de serem ouvidas e, é claro, originais de algumas das maiores bandas de rock existentes. Pink Floyd, Kansas, Led Zeppelin, Queen, Scorpions, Eric Clapton, The Beatles, Jethro Tull, Yes e Europe tiveram músicas suas marcando presença. Como se pode perceber, o progressivo se destacou. Faltaram muitas bandas e músicas, o que leva o público a imaginar a próxima edição: que seja tão boa quanto, com algumas das mesmas e mais outras músicas. Afinal, é de consciência geral o fato de ser possível fazer milhares de espetáculos variando as músicas sem se perder a qualidade.
Apesar do começo duvidoso, em que mesmo já se tendo declarado o começo do espetáculo, o coral já no palco e a maioria dos instrumentistas também, algum tempo se passou até que começasse de fato e os dois últimos músicos entrassem atrasadamente; apesar também de pequenos erros de produção como atraso em parte das letras apresentadas no telão em alguns momentos e de um claro erro musical em “We are the Champions”, do Queen, o espetáculo se saiu muito bem. Os pequeninos erros não desvalorizaram a apresentação. Até porque, é preciso admitir, a boa música e a criativa ideia são superiores a eles. Um detalhe triste foi a ausência de Vinicius Rocha, integrante do coral e solista, por motivo de doença. As participações especiais de Marco Aureh (flauta, gaita e bandolim), do Coral Juvenil João Carlos e do Projeto Batucanto rechearam a atração tornando-a melhor ainda.
O Coral Municipal de Petrópolis foi fundado em maio de 1976 pelo Maestro Ernani Aguiar, e hoje figura como um ícone importante da cidade. O evento se realizou no Theatro Dom Pedro, localizado na Praça dos Expedicionários, s/n° - Centro, Petrópolis. Idealizado por Breno Mendes, Leonardo Cerqueira, Paulo Afonso Filho e Paulo Dias; realizado pela Associação de Amigos do Coral Municipal de Petrópolis e apoiado estruturalmente pelo Centro de Cultura Raul de Leoni; apoiado pela Prefeitura de Petrópolis e pela Fundação de Cultura e Turismo e tendo como Assessora de Imprensa Catarina Maul, as noites regadas às belas vozes do coral cantando rock já deixaram saudade e expectativas para a próxima edição, que não é confirmada mas já é esperada. O público pede para que ocorra e também para que a atração seja levada a outros lugares. Fiquem de olho, essa ideia não pode parar por aí!

sábado, 11 de junho de 2011

Coincidência ou uma mera semelhança?















"Não acredito em coincidências" (V)

Por Aline Marques Gomes

Vamos articular dois dos meus assuntos preferidos. Cinema e política. Um filme um tanto antigo, V de Vingança, e o contexto político: reflexos da política neoliberal, implementada no Brasil, durante os anos 90.


A história do filme é baseada em um graphic novel escrito por Alan Moore. O enredo da conta de uma Inglaterra futurista, onde um governante totalitarista mantém o controle e a ordem na sociedade, através da repressão política, opressão religiosa e sexual, controle da mídia e enquadramento comportamental da população. V é um personagem culto, com o objetivo único de derrubar o Estado, através do ato simbólico de explosão do parlamento. Ele consegue mobilizar a população para que eles se atentem para o poder do povo.


A história foi escrita por Alan Moore em um contexto político de implementação do Estado Neoliberal, na Inglaterra, pela primeira ministra Margareth Thatcher. Este modelo econômico prevê, superficialmente, a não interferência estatal nas atividades econômicas do país, com isso, acarretando o desmantelamento das políticas sociais, que “garantem” a legitimação social do Estado. Todos sabem que, na sociedade capitalista, existe um constante conflito de classes, alimentado pela contradição entre capital e trabalho. O trabalhador vende a sua força de trabalho por determinado salário, que não corresponde ao valor de seu trabalho, mas a uma pequena parcela, tendo em vista a necessidade de grande parcela alimentar o lucro do capitalista, que não trabalha, pela condição de detentor dos meios de produção. Tal salário não é suficiente para a reprodução do trabalhador, ou seja, não garante a obtenção de alimentação adequada, vestimenta, condições de saúde, lazer, educação, etc. Em determinado momento histórico, o Estado se da conta que precisa efetivar determinados direitos básicos do trabalhador, tendo em vista a sua necessidade de legitimação. Basicamente, é assim que surgem as políticas sociais, garantidas constitucionalmente no Brasil. O neoliberalismo prevê o desmantelamento dessas políticas em razão do livre mercado. Com isso, o SUS é precarizado, enquanto surgem os planos de saúde privados, iniciativas de incentivo de ensino privado em detrimento de investimento e ampliação de vagas de ensino público, sob a falácia do défict da previdência, surgem os planos de previdência privados, contribuindo para uma maior exploração do trabalhador.


Mal comparando podemos trazer para a nossa realidade os eventos constatados por V e que, segundo ele, mereceram intervenção. O ex presidente Lula, em seus dois mandatos investiu em planos emergenciais de redução da pobreza, que servem basicamente, para migrar a parcela da população que vive abaixo da linha da pobreza para a pobreza, os tornando consumidores para engordar o saco da instituição mercado. Para driblar a crise econômica incentivou o consumo, e hoje experimentamos a inflação para frear o consumo, e proteger para que o mercado não entre em colapso.


No Rio de Janeiro, Sergio Cabral declarou guerra aos pobres e favelados, sob o discurso de enfrentamento ao tráfico de drogas. Quantos inocentes morreram sob a Era Cabral? E o tráfico de drogas acabou? Bope, caveirão, milícia... a polícia da cidade do Rio de Janeiro é responsável por mais homicídios, os chamados autos de resistência, que a policia de determinados países. Hoje temos instauradas as UPP’s, o Estado entrando nas comunidades para levar políticas publicas para a população desses territórios. Será? Muitas denúncias, ignoradas pela mídia e pelo governo do Estado, afirmam que o tráfico de drogas e a cracolândia convive com as UPP’s, e que a política é de controle, toque de recolher, proibição do funk, autoridade sobre a realização de eventos e arbitrariedades, moradores são feridos, presos e mortos pela Unidade de Policia PACIFICADORA. E quais são as políticas públicas que essas unidades fornecem? Conta de luz, conta de água, títulos de propriedade. Quem é favorecido? O mercado.


"O medo se tornou a arma principal desse governo." (V)


A situação é agravada na eminência de eventos esportivos na cidade. Agora presenciamos o Choque de Ordem de pessoas. A prefeitura do rio, com apoio do governo do estado recolhe a população de rua, crianças e adolescentes, idosos e mulheres, para abrigamento compulsório, obrigatório, com o discurso de tratamento para vicio em drogas. Mas será esse o tratamento? Sem apoio de profissionais especializados, com a conhecida precariedade das instituições públicas abrigadoras? Ou será esse um modelo de prisão? Quando a população se mobiliza e manifesta indignação, será que recebe o tratamento adequado? Vide os 439 bombeiros que foram presos e serão processados. E a mídia, como se coloca diante dessas arbitrariedades? É interessante como o comentarista de segurança pública Rodrigo Pimentel, se torna comentarista de política governamental, concordando com Sergio Cabral e respaldando todas as suas ações. Será a reivindicação por melhores salários, não só da categoria dos bombeiros, mas de toda a população, justa? A política de Sergio Cabral prevê legitimação social, pois não é uma ditadura oficial, portanto nós somos culpados, pois nós o elegemos. Agora, nós temos que frear as arbitrariedades e a violência.


“O povo não deve temer seu estado. O estado deve temer seu povo.” (V)





"Por quê? Por que enquanto o cassetete é usado no lugar da conversa, as palavras sempre manterão seu poder. As palavras expressam um significado e são para aqueles que aceitam ouvir a revelação da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não é? Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. E enquanto que antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje vocês tem a censura e sistemas de vigilância, coagindo vocês a conformidade e a submissão. Como isso aconteceu? De quem é a culpa? Certamente uns são mais culpados que outros, mas serão responsabilizados. Mas o certo é que se quiserem achar um culpado, basta olharem-se no espelho. Sei por que fizeram isso. Sei que estavam com medo. Quem não estaria? Guerra, terror, doenças. Milhões de problemas conspiraram para corromper sua razão e roubar seu sentido comum. O medo os dominou. E em seu pânico, recorreram ao alto chanceler Adam Sutler. Ele lhes prometeu ordem e paz. E a única coisa que pediu em troca foi seu consentimento calado e obediente."


Título original: (V for Vendetta)
Lançamento: 2006 (Alemanha, EUA)
Direção: James McTeigue
Duração: 132 min
Gênero: Ficção Científica

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Alfred Hitchcock, o mestre do suspense

Nascido na atual Londres em 1899 e falecido em Los Angeles em 1980, naturalizado norte-americano em 1955, Alfred Hitchcock compete ao posto de maior diretor-cineasta norte-americano com nomes como Woody Allen, Steven Spielberg e Tarantino. Mesmo aqueles que não lhe atribuem o título, não negam sua competência, mais especificamente no gênero suspense.
Teve em “Rebecca” sua primeira indicação ao Oscar. Apesar de não ter ganho o prêmio de melhor diretor, “Rebecca” levou a estatueta de melhor filme. “Correspondente de Guerra” (1940), “Quando Fala o Coração” (1945) e “Interlúdio” (1946) são algumas outras produções suas indicadas ao Oscar. “O Sabotador” (1942) foi o primeiro filme produzido pela Universal e “Psicose” (1960) venceu o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante (Janet Leigh). Muitos de seus filmes possuem mais de um nome, e em comum, boa qualidade.
Diretor de mais de 50 longas-metragens como “Um barco e nove destinos“ (1944), “Um Corpo que cai“ (1958) e “Os Pássaros” (1963), Hitchcock é conhecido pelas suas manias. Como, por exemplo, a de sempre dar um jeito de aparecer em suas produções, nas quais seu figurino era sempre o famoso terno preto.
A grande diferença entra ele e a maioria dos cineastas da época é que, apesar dos filmes de Alfred não serem comerciais, ainda assim tinham apoio industrial e comercial. Ele foi incrivelmente capaz de transformar contos e livros desconhecidos em grandes produções cinematográficas. E dentre obras suas que não foram bem-sucedidas no aspecto bilheteria há, por exemplo, “Vertigo” (Um Corpo que Cai/ A Mulher que Viveu duas vezes), considerado pelo Instituto de Cinema Americano um dos cem melhores filmes da história. Apenas mais uma prova do que atualmente conhecemos muito bem: sucesso comercial não significa qualidade cinematográfica e vice-versa.
Uma característica comum em suas obras era a de transformar objetos simples em causadores de terror, como em “Strangers on a Train” (1951; Pacto Sinistro/ O Desconhecido do Norte-Expresso), no qual um isqueiro provocava medo, e também os óculos de uma das personagens; em “Rope” (A Corda; 1948), era um pedaço de corda; em “Frenzy” (1972), uma simples gravata tornou-se uma arma; dentre outros.
Com tantas boas produções em seu currículo é mais que justo que ele seja homenageado e que suas obras possam ser vistas por todos, inclusive pelos mais jovens. É por isso que até o dia 14 de julho desde ano, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) - localizado na Rua Primeiro de Março, nímero 66 - Centro, Rio de Janeiro - exibe gratuitamente 54 longas seus, 5 curtas e os 117 episódios da série TV “Hitchcock Presents”. Não percam!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Um Poema Vascaíno


Por Carlos Pinho

Foram oito anos
De um grito travado 
O coração calado
E um longo penar

Cada ano passava passando
como folhas secas 
voando sem vida
ao sabor da brisa, ao deleite do ar

Vi o fundo do poço
Segui pela estrada sem luz
Carregando minha cruz
Fiz minha força no amor e na esperança

Entretanto, não há pranto que cale o meu canto
E apesar dos quebrantos
O sentimento pulsa
e não há de cessar

“Depois da tempestade, sempre vem a bonança”
Diria o cancioneiro popular
Aviso aos navegantes: o Gigante despertou
E o show ainda está a começar. . .

terça-feira, 7 de junho de 2011

Jesus sabe de tudo

N'A Notícia no Divã você conhece algumas obras idiotas do Dogcão e sua turma. Clique aqui, eu disse aqui, e conheça as obras bobas e estúpidas do criador do Dogcão e sua turma!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Ataque ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro



Por Aline Marques Gomes

Na manhã de 04 de abril de 2011, bombeiros aquartelados foram surpreendidos com a invasão do Quartel Central dos Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, pela Tropa de Elite da Policia Militar. Os militares que efetivavam seu direito à manifestação, lutavam pela melhoria dos salários e por melhores condições de trabalho. Os bombeiros aquartelados foram expulsos de seu quartel, presos e, segundo promessas do governo do estado, serão processados administrativa e criminalmente por seus atos, ironicamente, garantidos por direito. Portanto, será uma crise no Corpo de Bombeiros ou um ataque à Instituição?

Recorrendo à Maquiavel, este nos ensina que um governo deve se legitimar de duas maneiras, através do consenso ou da coerção. Em entrevista com um membro do Corpo de Bombeiros, foi-me explicado que, de acordo com as leis militares, a manifestação se dará por caminhada pacífica ou pelo ato de aquartelamento, qualquer outro modo de manifestação será considerado motim. A perspectiva pela qual é encarado os atos praticados pelos militares, revela muito de uma política estatal. Nosso governador prometeu processar administrativa e criminalmente os bombeiros manifestantes, no entanto, antes de manifestar-se na coletiva de imprensa, permaneceu reunido com secretários por toda a manhã. Durante este período a mídia noticiava imagens da violência disseminada durante a invasão do Bope ao QG dos Bombeiros, culpabilizando os militares por levarem consigo, à manifestação esposas e filhos, com isso, legitimando a atitude violenta e arbitrária da PM do RJ; e respaldando sua posição política em comentaristas embasados e conceituados, que partilhavam da opinião, ainda não divulgada, do governador. Portanto, caro leitor, será coincidência? De fato, temos efetivado nosso direito à informação? Ainda acredita que a mídia é neutra?

Retornando à Maquiavel, percebo, pela atitude arbitrária, violenta e punitiva do governador, que este efetiva seu poder de Estado através da coerção, todavia, todo o governante deve temer seu povo, portanto utiliza a mídia para legitimar suas decisões. Assim, o povo, detentor de todo o poder para mudar os rumos da sua história, passa a acusar o vizinho, o amigo, o colega de trabalho, pois ele é o inimigo. Dialéticamente, o povo é o inimigo e a vítima, de acordo com a vontade política dos governantes.

Sérgio Cabral iniciou seu primeiro mandato com o número recorde de autos de resistência, revelando o inimigo e a sua disposição para eliminá-lo. Na busca por um segundo mandato, lançou-se no projeto UPA’s/UPP’s, parcos em termos de política pública, mas efetivados no referido mandato. Agora, unidos governos municipais, estaduais e federais, possuem um único horizonte, preparar o país, em especial a cidade do Rio de Janeiro, para os eventos esportivos que virão. As forças militares são parte essencial deste processo e precisam de limites para exercer o controle. Mais arbitrariedades estão por vir e precisamos estar atentos. É dever da sociedade civil controlar o Estado! Está na hora de exercermos o nosso dever!

domingo, 5 de junho de 2011

Erykah Badu: a música negra que não passa na MTV

Fica ai mais uma dica para apreciação. Erykah Badu, americana do Texas, gravou seu primeiro álbum em 1997. Baduizm era seu nome, meu álbum preferido da cantora. Comumente associada ao soul e ao R&B, Erykah Badu é dona de uma voz suave e uma levada viciante.

Vencedora inclusive de Grammy, a cantora já esteve até no Brasil, mas os canais musicais da TV a Cabo brasileira preferem estereotipar a música negra americana divulgando os grandes nomes das grandes gravadoras, que em geral enchem o povo com música de baixa qualidade e conteúdo alienante.

A seguir, vídeo e letra de Other Side of the Game, do mesmo álbum Baduizm:




Otherside Of The Game (tradução)
Eu realmente quero meu amor?
Irmão, me diga
O que fazer
Eu sei que você precisa ter a sua convicção em cima
Então eu rezo
Eu entendo o jogo às vezes
Mas eu amo ele demais

O que você vai fazer quando eles vierem por você?
Trabalho não é honesto, mas paga as contas (sim, paga)
O que você vai fazer quando eles vierem por você?
Meu deus, não suporto a vida sem você

Veja, eu e meu amor temos essa situação
Veja irmão, temos essa situação complexa
E não é porque ele não tem educação
Porque eu estava lá na formatura dele
Eu não estou dizendo que essa vida não funciona
Mas sou eu e o bebê que ele machuca
Porque eu digo a ele certo e ele pensa que estou errada
Mas eu amo ele demais

Ele me deu a vida que eu vim a ter
Ele me deu a música que eu vim a dar
Pressão em mim, mas a semente cresceu
Não posso conseguir sozinha
O verão veio e as flores floresceram
Ele se tornou o sol e eu me tornei a lua
Presentes precioso que ambos recebemos
Ou seria isso faz-de-conta

O que você vai fazer quando eles vierem por você?
Trabalho não é honesto, mas paga as contas
O que você vai fazer quando eles vierem por você?
Ele me deu a vida que eu vim a ter

Não se preocupe
Deus vai nos ver por dentro, vai sim
Não pode parar a revolução
Mas nos pagamos

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tim Lopes e o jornalismo audaz


Por Carlos Pinho

Ontem, há nove anos, morria Tim Lopes. Repórter destemido, desafiava a própria sorte pela informação em polêmicas matérias que denunciavam o poder paralelo imposto pelo narcotráfico nos morros cariocas.

Em 2001, venceu o prêmio Esso por sua reportagem “O feirão das drogas”, exibida na Rede Globo de Televisão, onde trabalhava desde 1996. No entanto, em 2 junho de 2002, enquanto apurava uma denúncia sobre um baile funk da Vila Cruzeiro que promovia a exploração sexual infantil e a venda de drogas, foi descoberto pelos traficantes, que o mataram com requintes de crueldade.

A repercussão do caso foi enorme e Tim, postumamente, ganhou uma fama nunca imaginada em vida. O governo do Rio de Janeiro, pressionado pela imprensa e pela opinião pública, iniciou uma verdadeira caça ao seu assassino, Elias Maluco, bem como aos seus comparsas.

A partir daí, o repórter que tanto escondia a sua identidade e que via o seu nome, muitas vezes, passar despercebido pelos telespectadores nos noticiários, jamais sairia da memória do povo brasileiro.