Poema inspirado no causo de um indivíduo que se pôs a blasfemar o trabalho lindo de uma pessoa que sempre foi grande incentivadora da poesia na cidade de Petrópolis, sendo ela alguém que me deu oportunidades de desenvolvimento, desde quando eu era criança. Tal indivíduo se pôs a diminuir todo um trabalho que envolve centenas de pessoas e toda a poesia destas, como se poeta fosse apenas aquele que ganha dinheiro com seus poemas ou que é "famoso" e participante de mil eventos.
Admiro
os poetas: os que ganham o pão diário com o seu trabalho escrito
E
os que têm outras profissões, mas escrevem pela paixão de se expressar.
Porque,
acima de tudo, o que importa a um poeta bem resolvido,
É
a liberdade de criar; dizer o que se pensa sem medo do que parecerá.
Sempre
há os que gostam de criticar, aqueles cujo ego é perpetuamente ferido.
Graças
se pode dar quando se é rodeado de muitos mais que de fato amem a poesia.
Aqueles
que brindam às palavras e fazem dos versos um amigo muito querido.
E,
ao fazerem isso, reúnem em seus escritos contentamento e harmonia.
Achar-se
superior ao outro é até ingenuidade.
Uma
pessoa que blasfema o trabalho alheio, só se pode pensar que quer parecer
ridícula.
É
irônico como há pessoas que em vez de correr atrás da própria prosperidade,
Acham
que fazer pouco caso da dos outros irá diminuí-la.
Creio
que todos concordam que reconhecimento é ótimo, retorno financeiro também.
Tornar-se
um ilustre escritor, quem sabe até Best-seller, é motivo de respeito.
Mas
escrever pelo amor que se tem a este ato, apenas, não importa o que falem,
Traz
à vida a situação de se ser poeta de modo incondicional, alma que bate no
peito.
Quando
escrever ou ler poesia é quase condição à respiração,
Vê-se
poesia em muito mais que poemas: nas pessoas, nas cores, na natureza.
Ser
humilde e ter consciência de que mais vale a mensagem do que o quinhão,
É
perceber que mais vale o que se tem na alma do que o que se tem à mesa.
Se
há outros modos de se ter rendas financeiras, outro não há de se ser poeta de
verdade:
Só
mesmo percebendo que na poesia não há lugar para mesquinhez,
Nem
para pessoas que sintam prazer em diminuir outras, o que é pura infantilidade.
Achar
que títulos ou participações em eventos significa qualidade é pura estupidez.
Achar
que não ter no currículo mil convites a bienais impede alguém de ser poeta,
De
trabalhar a poesia com amor e de realizar grandes conquistas,
Talvez
seja sinal de algum delírio que, negativamente, à mente afeta.
Talvez
seja comum entre contratados para escrever, mas não entre artistas.
Por
isso só artistas deviam fazem críticas, quando construtivas, a outros artistas:
Quem
não tem esse sentimento na alma não compreende a sua extensão.
Os
rostos dos autores não precisam ser vistos, deseja-se mais que as poesias sejam
lidas.
E
que a poesia nunca tenha de se rebaixar a um simples ganha-pão.