Difícil um brasileiro não ter conhecimento sobre em que consiste o Cristo Redentor, mesmo que nunca o tenha visitado. Pode-se quase generalizar a ponto de se dizer que, a cada dia que passa, é mais rara uma pessoa que não o conheça de nome. Desde sua construção se tornou um dos maiores cartões-postais da cidade do Rio de Janeiro. Passou a aparecer sempre em novelas e também a ser temas de obras de arte. Aparece inclusive em filmes estrangeiros como na animação estadunidense “Rio” e no também estadunidense “2012”, dentre outros. A sua fama como uma obra de beleza rara, grandiosa e da onde é possível ver uma bela vista cresceu ainda mais depois de 2007, quando foi considerado uma das sete novas maravilhas do mundo moderno, através de votação realizada pela New 7 Wonders Foundation, pela internet. O concurso não possuiu o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura devido à falta de critérios científicos na escolha, mas apesar disso os brasileiros se sentem muito orgulhosos.
No entanto, mesmo com tanta fama, são poucos os que conhecem a sua história. A primeira sugestão de construção de um monumento religioso no local foi pelo padre Pedro Maria Boss à Princesa Isabel, na segunda metade do século XIX. Mas foi no centenário da Independência do Brasil que esta idéia se fortaleceu. A ferrovia que permite o acesso ao local foi construída em 1884/1885 e foi a primeira no Brasil a ser eletrificada, em 1906. Também pode-se chegar lá a pé ou em vans credenciadas. O Cristo foi construído em concreto armado e é revestido de um mosaico de triângulos de pedra-sabão da região de Carandaí (MG).
Costuma-se ouvir dizer que o monumento foi um presente da França para o Brasil, mas na verdade a obra se realizou graças a doações de arquidioceses e paróquias de todo o país. Da França veio apenas uma réplica de quatro metros. Ainda existe uma discussão de quem seria o verdadeiro autor do monumento: o engenheiro Heitor da Silva Costa, autor do projeto escolhido em 1923, ou o escultor francês de origem polonesa Paul Landowski, executor dos braços e do rosto do Cristo e dos modelos que serviram de base para a construção. Outro nome importante na realização desta obra é o do artista plástico Carlos Oswald, autor do desenho final do monumento.
Finalmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2009, o monumento já passou por algumas reformas. Em 2003 recebeu escadas rolantes, passarelas e elevadores. Em 2010 a restauração se concentrou na estátua em si e foi realizada pela VALE em parceria com a arquidiocese do Rio de Janeiro. Obras de manutenção são realizadas constantemente devido às condições climáticas do local, pois devido à altitude ocorrem desgastes por causa de grandes rajadas de vento e fortes chuvas.
Ver o Cristo Redentor de perto é emocionante, não importa a religião do visitante. Tendo valor religioso para os cristãos, possui também grande valor turístico e de beleza independentemente do fator religião. Vale a pena visitá-lo, pois a beleza de sua grandiosidade não tem e não deve ter relação direta com as crenças individuais de cada um. O Cristo Redentor completou 80 anos de muito sucesso, e assim se espera que ocorram os próximos 80 e os que se seguirem a eles!
Boa reportagem... não conhecia esta história...
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