Douglas Sirk
Sala A Contemporânea:
Opavivará: Uma sala pouco
iluminada, praticamente só na penumbra, com redes, esteiras e diversas opções
de ervas medicinais dão aos visitantes a possibilidade de escolher ervas,
misturando-as com água quente, de modo a experimentar os chás com elas
feitos. Com o objetivo de evocar as
práticas curandeiras dos pajés, essa interação propicia uma oportunidade
interessante de experimentação e se encontra em um ambiente que possibilita o
relaxamento através da união de seus elementos (os chás, as redes, a pouca
iluminação). Até o dia 15 de julho.
Amazônia – Ciclos de
Modernidade: A exposição
sobre a Amazônia que se encontra no segundo andar do prédio do CCBB causa, a
princípio, estranhamento. Há uma grande reunião de objetos diversos, dentre os
quais muitos parecem não fazer sentido, nem serem interessantes o
suficiente para se entender o fato deles estarem ali. No entanto, é preciso
lembrar que a exposição tem o objetivo de apresentar a Amazônia justamente
dessa forma: reunindo objetos diversos, artísticos ou não, que se relacionem
tanto com sua história quanto com sua arte. Através de obras de arte, de mapas
e documentos originais, de outros objetos históricos, desenhos, objetos que se
relacionem de alguma forma com a região – como facões e acessórios indígenas -,
livros que falem sobre ou cujas histórias se passem na região, fotografias,
vídeos, dentre outros, a exposição tenta mostrar um pouco da arte, da
arqueologia e do urbanismo da Amazônia, desde o século XVIII até os dias de
hoje. Vale à pena conferir a exposição, mas considerando a ideia de que seu
objetivo não é ser bela nem fascinar os visitantes, e sim de situá-los em meio
ao seu contexto histórico-artístico e em meio à importância que ela tem,
justamente, no contexto histórico-artístico do nosso país. Até 22 de julho.
Rabin Ajaw: essa exposição pequena, situada no quarto andar,
vale muito à pena ser conferida. Ela se divide em duas partes. Uma consiste
basicamente em fotografias de guatemaltecos, rostos com expressões belas e
fortes, pros quais dá vontade de olhar durante horas. Outra se constitui em
diversas peças do vestuário típico da Guatemala, feitos em tear e belíssimos.
São teares coloridos, com detalhes e combinações de cores alegres e tão
atrativas aos olhos quanto fascinantes à apreciação, de certo modo, até
artística. Como define o próprio CCBB, "é uma rica viagem à estética cultural
das populações de origem maia da Guatemala". Até 22 de julho.
O CCBB-RJ é, sem dúvidas, um dos centros culturais mais importantes da
nossa cidade, se não o mais importante. A razão é simples: está sempre apresentando
uma programação de muito conteúdo e qualidade, que passa por todos (ou quase
todos) os tipos artísticos e que, quando não é gratuita, é quase de graça
(preços realmente excelentes). Evidentemente, sua programação se estende a
muito mais do que aos programas citados acima. Aproveitemos!
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