terça-feira, 10 de abril de 2012

Doisneau, a alma do artista exposta na fotografia


"As maravilhas da vida cotidiana são tão emocionantes. Nenhum diretor de filmes pode organizar o inesperado que você encontra na rua." (Robert Doisneau)

O próximo sábado, dia 14 de abril de 2012, marca a data de centerário de Robert Doisneau, falecido em 1994. E é em homenagem a este artista, um dos maiores fotógrafos da história da fotografia, que o Centro Cultural Justiça Federal dá a oportunidade ao público carioca de presenciar uma exposição inédita de grandes obras de Doisneau. Trazida pela Aliança Francesa, com patrocínio da Peugeot e produção da Bonfilm, a exposição contém 152 obras do artista que registrou a vida social da Paris de sua época, transformando seus retratos em cartões postais e em eternas retratações de um tempo que passou e que por ele foi registrado de um modo muito bonito.


Doisneau fotografou não só Paris, mas também seus arredores. Assim como trabalhou em fotografias para publicações em revistas, como a famosa "O Beijo do Hotel de Ville", de 1950. Seu trabalho, ao longo de sua carreira, foi publicado em mais de 20 livros. Foi tema de quase dez filmes (a princípio, nove) e recebeu prêmios como o Grand Prix National de la Photographie (1983), Kodak (1947), o prêmio de Balzac Honoré de Balzac (1986) e o prêmio de Niépce Nicéphore Niépce (1956). E foi nomeado Cavaleiro da Ordem da Légion d'Honneur em 1984.

Nascido em Gentilly, Val-de-Marne, no limite de Paris, zona entre cidade e campo, Doisneau foi um apaixonado por fotografias de rua, tornando-se muito popular. Conhecido por suas imagens irônicas, misturando registro social e humor, classes sociais e ambientes comuns da vida cotidiana, Doisneau fascina-nos através do que ele consegue nos passar através de suas obras: faz-nos rir, choca-nos, faz-nos refletir. Em diversas de suas obras ele questiona a ambiguidade; através de diversas séries suas de fotografias ele nos conta histórias através das sequências. Em suas obras, ele trata de temas como crianças, a periferia, as pessoas simples e os sentimentos que cercam tais temas. Não há como suas obras serem entendidas sem referências às suas origens.

"Robert Doisneau foi o cronista infalível de uma época em
que a banalidade do cotidiano competia com a lenta, porém obcecante evolução da sociedade. Do seu jeito, humano e perspicaz, ele foi o testemunho privilegiado de um tempo em que Paris se expandia para cima da periferia, a qual também devorava o campo, urbanizando o camponês contra sua vontade." (Agnés de Gouvion Saint-Cyr, curadora da exposição)

O que? excelente exposição de 152 fotografias de Robert Doisneau
Onde? Centro Cultural Justiça Federal // Av. Rio Branco, 241 (Centro - Rio de Janeiro)
Quanto? Entrada Franca
Quando? de 8 de março a 17 de junho de 2012

2 comentários:

  1. Muito obrigado por mais uma dica atrelado a um bom texto! Com certeza estarei lá! Gosto bastante de suas fotografias, até tenho uma no meu quarto! hehe

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  2. já coloquei na lista de coisas a fazer^^

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