Março, definitivamente, foi um mês e tanto. Felizardos os que souberam e puderam aproveitar. O Rock Progressivo invadiu o Rio de Janeiro e deixou pela cidade uma aura de fascinação. Estará o progressivo ganhando mais lugar nos palcos? Minha falta de disponibilidade de internet nos últimos tempos e a correria da vida não me impedirão de falar sobre, apesar do atraso.
Dias 10 e 11 de março, há quase um mês, o rock invadiu a casa Rio Rock e Blues Club na Lapa e deixou marcas facilmente perceptíveis. Foi um sucesso, encheu a casa e o público pede bis. O Rio Prog Festival deixou bem claro que chegou para ficar, ao menos por um bom tempo. E deixou claro também que não está para brincadeira, chegou para trazer boas bandas, tocando muito boa música e uma grande oportunidade de assisti-las, assim como de comprar LPS e CDs. Ótimas bandas autorais e covers se alternando e satisfazendo muito bem os que souberam aproveitar a oportunidade e compareceram. Não dá para não parabenizar às bandas: SUB ROSA (MG), BANDA TRUCCO (RJ), MAHTRAK (SP) e BY THE POUND (MG).
Logo ali pertinho, tanto no aspecto da data quanto no do endereço, dia 14 de março foi marcadíssimo por um show maravilhoso que vai ficar na memória tanto dos que foram assisti-lo quanto da própria banda: a banda holandesa FOCUS, sem dúvidas, uma das melhores bandas de rock progressivo tocou lindamente no Teatro Rival. É mais que fácil apaixonar-se por Thijs van Leer, seja no órgão ou na, por mim adorada, flauta; é provável. A música é mais do que sons em harmonia, é poesia, é alma colocada pra fora. O Teatro Rival lotou e deu pena não conseguir colocar pra dentro todos os interessados em assistir ao show. O público, durante todo o show, se mostrou totalmente entretido, prestando atenção, não conversando paralelamente como em outros aconteceu e a banda respondeu isso de maneira muito satisfatória: fez um show que durou mais que outros e não disfarçou a alegria em estar tocando para um público que realmente os admira e os acompanha. Com direito à sessão de autógrafos no final do show, bobeou quem foi embora rapidamente. Sem dúvidas, uma noite e tanto!
Um evento um tanto quanto menor, mas que não pode passar por despercebido, foi o que ocorreu no Centro Cultural da Justiça Federal no dia 27 do último mês: a Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro tocou clássicos do rock progressivo. Meus queridos, nada mais, nada menos, do que um espetáculo tocando Emerson, Lake and Palmer(!). Raro como é haver eventos de rock progressivo, parece que a mania está pegando e as produtores, finalmente, estão percebendo que há sim público e que é um genêro que merece mais espaço. Não se pode deixar passar isso como se não significasse nada; os fãs do genêro precisam ficar atentos, pois se procuram programação, esse é o momento de haver mais chances em encontrar. O espetáculo, apesar de pequeno (justamente pelas dúvidas em relação a haver público), foi lindo. Merece repetições e extensões.
E, claro, como não falar sobre o show do Roger Waters que, no Rio, ocorreu dia 29, no Estádio do Engenhão?! Apresentando um espetáculo audiovisual e tanto, tocando o álbum The Wall, é difícil decidir se o fascínio foi maior pelo enorme muro utilizado como o grande componente do espetáculo ou se pela música e pela oportunidade. Apresentando ao público uma enormidade de significações, o muro mostrou imagens, desenhos, pequenos vídeos, etc. Dentre eles, muitos remetendo ao filme The Wall. O muro foi a grande base do espetáculo. Não foi Pink Floyd, mas foi Roger Waters e isso basta pra ser muito bom. Não, eu não vou entrar no aspecto crítico, primeiro por não achar que entendo o suficiente sobre, segundo porque o êxtase de uma programação progressiva é tão delicioso que não há espaço em mim para ver os aspectos ruins ou, pelo menos, não tão bons. Roger Waters tirou o restinho de fôlego que havia em mim.
Agora cabe a nós nos indagarmos sobre o futuro. Já compraram seus ingressos pro show de Roger Hodgson, ex vocalista da banda SUPERTRAMP? E, apesar de não ser progressivo, mas ainda assim ser boa, já compraram seus ingressos pro show da banda Crosby, Stills e Nash?
E imginando o futuro, nos questionamos: quando será a próxima edição do Rio Prog Festival mesmo?! Ao produtor do evento, Claudio Fonzi, perguntamos: e a banda Quaterna Requiem? quando mesmo? os ingressos já estão sendo vendidos, podemos ir agora mesmo comprá-los??? Calma, meus queridos. Em breve, em breve! Tomara! E há ainda boatos sobre a possibilidade de shows da banda pioneira de rock progressivo CURVED AIR. E ainda, entre o hard e o progressivo, há boatos também sobre a possibilidade da banda WISHBONE ASH vir. Será? Será? Tomara! Sejam essas ou outras, que venham mais bandas excelentes como têm vindo. E agora vamos dar um stop na escrita/na leitura e ouvir um som, pois a música é, terminantemente, uma das grandes inspirações e realizações humanas.
Wishbone Ash seria demais! :c)
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