quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

Unhas Vermelhas

Ela o arranhou, e marcado por suas unhas, extasiado, ele dormiu. Uma cama, uma janela aberta deixando à vista a noite tempestuosa, desejo e amor – era isso que tinham e apenas disso precisavam. Enquanto a chuva caía lá fora, o calor ali se fazia. E, naturalmente, os beijos se multiplicavam. A língua que saciava a fome de ambos, era a mesma que a fazia aumentar. E a saliva que molhava os seios dela era a mesma da qual ela sentia sede.

Os gemidos baixos eram sinceros e nenhuma atuação, por melhor que fosse, seria capaz de competir com eles. Os olhos tudo diziam, mesmo quando as pálpebras se encontravam fechadas. O prazer maior era poder viver aquele momento, cheio de desejo e ternura, e acima de tudo, não só carnal, mas também espiritual.

Fazer amor é o encontro de duas almas e a concretização do que já se faz através do olhar, do abraço, do diálogo e da energia positiva e maravilhosa que é emanada por qualquer pessoa que ame. E baseando-se nisso eles se amaram intensamente.

E as mãos que nela entravam eram as mesmas que a levantavam quando ela caía. E as pernas que se misturavam com as dele eram as mesmas que caminhavam ao lado das suas. A boca que descia e subia em movimentos leves, ardentes e carinhosos era a mesma da qual saía a voz sempre reconfortante que dizia “eu te amo”.

A vontade de satisfazer um ao outro era tamanha que os pensamentos só se resumiam a amar. A dedicação um ao outro era completa, em todos os aspectos. E ninguém os tirava o sublime prazer que era poder dar à pessoa que mais amavam o que tinham de mais precioso: o seu amor, corpo e mente.

E depois de muitas carícias, mordidas e calafrios excitantes, o êxtase chegou e o espírito atingiu o ápice do que se pode ser chamado, pelo homem, de “perfeição”. As unhas vermelhas e atraentes dela o arranharam, vezes mil fazendo carinhos em suas costas e deitada sob seu corpo, pele na pele, sentindo o seu calor. E foi assim, arranhado pelas unhas vermelhas dela e elevado ao mais incrível patamar de amor e de prazer, que ele dormiu.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Claudio Aun – Um artista que vale muito a pena conhecer




Claudio Aun já teve exposições de suas obras na França, em Portugal, na Alemanha, Holanda, Uruguai, EUA e, é claro, Brasil. Ainda assim o seu nome ainda não é tão conhecido, como é comum de se ver acontecer nas artes.

Sua carreira se iniciou em 1969 em São Paulo capital. Em 1971 foi para o Rio de Janeiro e em pouco tempo participou de mostras individuais e coletivas. Suas obras principais consistem em esculturas, muitas em mármore ou em bronze, e em pinturas. Mas há também instalações, jóias, dentre outros. Suas obras são elaboradas com base em matrizes oníricas e simbólicas, é um traço pessoal.

Em novembro de 2010 foi reconhecido sendo convidado a assumir uma cadeira na Academia Brasileira de Belas Artes, tendo como patrono o fotógrafo Marc Ferrez. Claudio Aun está comemorando este ano 40 anos dedicados às artes plásticas, com muita perseverança e criatividade. Morou em Carrara, na Itália, onde aprendeu a esculpir em mármore, passando a se dedicar às esculturas.

Aun trabalhou como cenógrafo visando à formação de novos artistas brasileiros. Há mais de dez anos é professor na Casa de Cultura Laura Alvim e em seu atelier, instalado no Morro da Conceição, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Suas obras são interessantíssimas, originais. Vivas. As esculturas muito bem trabalhadas e as pinturas não são só bem trabalhadas como cheia de cores que dão a ela um tom mais impressionante ainda, como se já não bastassem as próprias imagens representadas. Chocantes, instigantes, de extrema criatividade. Observe-as, elas falam por si.