quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A volta dos que não foram:

Seleção, CBF, clubes e um pouco de desesperança


Por Carlos Pinho

Se você não sabe (pois não consegue mais manter-se acordado vendo os "manos do Mano" em campo), a seleção brasileira jogou ontem e, numa atuação apagada, venceu a modesta seleção da Bósnia por 2 a 1. Em quase dois anos de trabalho, o técnico Mano Menezes ainda não encontrou a formação ideal da equipe que, em 2014, vai representar a CBF na Copa do Mundo, que será disputada no Brasil. Mas o tema deste artigo não está nas quatro linhas.

Há algumas semanas, o noticiário esportivo minimamente isento vem comentando o possível fim do ciclo de Ricardo Teixeira na presidência da Confederação Brasileira de Futebol. Sofrendo com a pressão política e com uma série de denúncias nas costas, o dirigente parece estar cada vez mais isolado e encurralado, esquivando-se de entrevistas e convocando reuniões extraordinárias com os presidentes das federações - que compõem a base da instituição - e com seus homens de confiança. Além de mandatário da CBF, ele também comanda o Comitê Organizador Local (COL), tendo o ex-jogador Ronaldo como seu escudo.

Dentro desse panorama conturbado, a corrente que defende a saída de Teixeira vem crescendo. No entanto, as dúvidas sobre os rumos da preparação do país para a maior competição entre seleções do planeta aumentam ainda mais. O deputado federal Romário é o principal crítico do dirigente. A presidenta Dilma Rousseff não quer vê-lo nem pintado de verde e amarelo. E, para piorar, a Fifa, por meio de seu mandatário, Joseph Blatter, também se colocou na linha de frente dessa oposição.

E para os clubes brasileiros, o que mudaria com a saída de Ricardo Teixeira? Se os seus próprios dirigentes não revirem alguns dos seus conceitos, nada.

É verdade que a gestão de boa parte dos nossos clubes melhorou nos últimos anos. Mas certos hábitos teimam em permanecer. As principais forças do nosso futebol não possuem autonomia diante da CBF. São dependentes política e financeiramente das suas benesses. Sempre que precisam colocar as contas em dia, seus dirigentes correm com o pires na mão até a porta da instituição, na ânsia de receber algum trocado adiantado. Ficam acuados e fragmentados quando negociam seus direitos de transmissão, baixando suas cabeças a um monopólio que lhes rende bem menos do que as marcas que "defendem" merecem.

Enquanto a mentalidade dos dirigentes não mudar, continua tudo na mesma. Os clubes precisam deixar de lado a rivalidade e focar num objetivo comum: a valorização dos nossos times. Alguns levantam a bandeira pela criação de uma liga, o que os fortaleceria. Entretanto, esse projeto já foi tentado, com a fundação do Clube dos Treze, e fracassou.          

Infelizmente, os dirigentes da maioria dos clubes brasileiros não têm noção do peso das camisas que “representam”. Subvertem o seu valor e, em alguns casos, locupletam-se dele como bem entendem. Com isso, a especulada saída de Ricardo Teixeira não traz grandes esperanças. Quando só há bagunça e vício ao nosso redor, o horizonte é nebuloso. 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tarsila do Amaral no RJ depois de 43 anos

O CCBB apresenta, desde o dia 14 de fevereiro até o dia 29 de abril, uma mostra individual de Tarsila do Amaral. A famosa artista por 'O Abaporu', 'Antropofagia', dentre outros, não tinha uma individual sua na cidade há 43 anos. O CCBB-RJ quebra esse jejum carioca absurdo de quem foi uma das artistas modernas mais influentes na arte moderna e contemporânea brasileira e nos traz uma mostra que, apesar de não grande como outras importantes e belas exposições do CCBB, vale a pena ser conferida com muita atenção e admiração.
'Tarsila do Amaral — Percurso Afetivo', exposição que reúne cerca de 85 obras, incluindo diário de viagem, pinceis, espátulas e outros objetos do genêro. Facilmente perceptível, ' O Abaporu' não se encontra exposta. O curador Antônio Carlos Abdalla declarou que o colecionador Eduardo Constantini, dono da tela que é o carro-chefe de seu museu, o Malba (Buenos Aires), não se mostrou muito disposto a um novo empréstimo da tela, que veio ao Brasil em 2008 para uma retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo e em 2011 para uma em Brasília. Se por um lado é um absurdo uma obra genuinamente brasileira encontrar dificuldades de vir ao país a quem devia, por direito, pertencer, por outro lado isso pode gerar a vantagem de fazer uma mostra que dê destaque aos outros lados e obras de Tarsila.
— Se tivesse sido muito fácil, teria vindo. Nunca fui muito a favor de trazer 'Abaporu', porque a gente corre o risco de fazer a exposição do 'Abaporu', e não da Tarsila do Amaral. Estava consciente disso — afirma o curador. — Também não temos o original de 'A Negra' (1923), porque o MAC (Museu de Arte Contemporânea) de São Paulo está em reinauguração e não podia emprestar. A solução foi trazer "Antropofagia" (1929).
Tarsila nasceu no interior do estado de São Paulo em 1° de setembro de 1886 e foi em Barcelona, onde teve a oportunidade de estudar, que pintou seu primeiro quadro: 'Sagrado Coração de Jesus', em 1904. Casou-se, teve uma filha e só quando se separou começou a estudar arte. Desenvolveu-se a partir de esculturas, desenhos e, por fim, pinturas. Foi estudar em Paris por volta de 1920. Tarsila do Amaral não participou da tão famosa Semana de Arte Moderna de 1922, crucial para o que viria a ser desenvolvido artisticamente no país. Soube dela através de Ana Malfatti, de quem havia se tornado amiga alguns anos antes.
Tarsila retornou e foi introduzida pela amiga ao grupo dos 'modernistas'. Namorou Oswald de Andrade e com ele formou o grupo dos cinco, em conjunto com Anita, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Grupo de artistas este que agitou São Paulo culturalmente. Retornou a Paris, Oswald foi até ela. Anita estudou com o cubista Fernand Léger e foi nessa época que pintou 'A Negra'.
Tarsila é também famosa por seu belo rosto que a muitos encantou. Além de bela e de uma grande artista, era também corajosa e ousada. Tarsila disse: "Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante." De fato, tais corem vieram a se tornar comumente presentes em suas obras, tornando-se uma característica sua. Outra característica de suas obras são as temáticas brasileiras, como as nossas paisagens e nosso folclore. A mistura de significados e representações em suas obras também é muito interessante. A obra 'Carnaval em Madureira', por exemplo, retrata o carnaval de 1924, no qual Tarsila passou no Rio de Janeiro logo após de voltar de Paris. Por isso, na obra, um misto de Torre Eiffel com representações de pessoas não europeias, tipicamente brasileiras; enfim, cariocas.
Tarsila conseguiu obter a anulação de seu primeiro casamento e então se casou com Oswald de Andrade. Teve como padrinhos nomes importantes: Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época. Sua primeira exposição individual em Paris foi em 1926 e foi bem recebida pela crítica.
Foi em 1928, querendo dar de presente de aniversário a Oswald, que Tarsila pintou 'O Abaporu'. Oswald, impressionado, mostrou o quadro a outras pessoas, que acharam que parecia uma figura indígena. Tarsila então o denominou de 'O Abaporu', que significa 'o homem que come carne humana', o antropófago. Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico, que tinha como objetivo comer, engolir e deglutir a cultura europeia e adaptá-la, transformá-la em algo de fato brasileiro.

















Contou Tarsila que Abaporu tinha a ver com os monstros que comiam gente sobre os quais as negras contavam para ela quando criança. Foi em 1929 sua primeira individual no Brasil, recebendo uma crítica dividida entre os surpresos e admirados e os que não entenderam sua arte, como ocorreu com todos os modernistas.
Em 1929 com a crise econômica nos EUA e a do café no Brasil Tarsila teve de passar a trabalhar. Separou-se de Oswald. Em 1931 estava com novo namorado, o médico comunista Osório Cesar. A artista foi presa por participar de reuniões do Partido Comunista Brasileiro, fato que a fez não mais se envolver com política. Em meados dos anos 30 seu namorado já era o escritor Luís Martins, cerca de vinte anos mais novo que ela. Em 1949, sua única neta morreu afogada em Petrópolis.
Tarsila faleceu em 17 de janeiro de 1973. Antes participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou também da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a especialista em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966. Restou sua sobrinha-neta, carinhosamente chamada de Tarsilinha para se diferenciar de sua tia, por cuja obra é hoje responsável e por quem era muito querida.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Esta noite eu sonhei...


I - A Expectativa

Como se eu fosse o mais tentador mel,
Experimenta-me.
Como se eu fosse o mais suave dos vinhos,
Degusta-me.
Como se eu fosse a mais suculenta fruta,
Delicie-se.
Como se eu fosse o perfume da mais bela flor,
Aprecia-me.
Almoça-me. Janta-me.
Coma-me sem deixar migalhas.
Peça tudo a que tem direito e arrisque aquilo a que não tem.
Devora-me.
Sem arrancar pedaços, mas arrancando todo o furacão que só uma mulher pode ser.

II - O Furacão

Roupas pelo chão,
roupas íntimas molhadas pela água do tesão.

Gemidos.
Gemidos não fingidos.

Na mesa. No chão. Na cama.
Furacão na hora H, durante o resto do dia, uma dama.

Suor escorrendo pelo corpo quente.
Pele efervescente.

O gozo final.
Animal.

III - O final

Um pé esquenta o outro,
e abraçados um dá ao outro o carinho de que ambos tanto precisam.
Adormecemos em um sono profundo.
Sono marcado pela satisfação e pelo amor.

E quando os olhos se abrirem
Recomeçaremos outra vez.
Com ternura e paixão, de novo e de novo, mais outra vez... e mais uma... e mais tantas outras!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Por qual motivo?

Maldita hora que inventaram o poder do questionamento! Visite o blog do Dogcão e Sua Turma clicando aqui.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Uma pitada de samba e um bocado de histórias

Episódio de hoje: 

Quando o Arlequim chorou na voz de um sambista


Por Carlos Pinho


Consagrado por sua participação no Show Opinião - que cantou, de 1964 a 1965, a crítica social e política no Brasil que vivenciava o início da repressão do regime militar - o sambista Zé Keti notabilizou-se também compondo marchas de carnaval.

Zé Keti e Nara Leão

Em 1967, quando a nostalgia dos festejos de outrora já fazia parte do imaginário popular e as tradicionais canções carnavalescas saíam de moda, “Máscara Negra”, de autoria dele em parceria com Hildebrando Matos, representou um marco. A marcha, gravada por Dalva de Oliveira, decantava o reencontro do Pierrô com sua amada Colombina. “No meio da multidão”, quem ficou para trás foi o Arlequim, chorando pelo amor daquela que já estava nos braços de outro. Segundo Zé Keti, a ideia surgiu de sua insatisfação com a lógica carnavalesca, que descrevia o Pierrô como um ser triste e desiludido por conta da paixão não correspondida pela Colombina, sempre envolta pelos carinhos do Arlequim.  


Essa obra-prima faturou o 1º lugar no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval daquele ano, organizado pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som (MIS). E foi mais longe, alcançando as paradas de sucesso da época, uma façanha em meio a força que a música estrangeira já exercia nos ouvidos tupiniquins.   

Com a aclamação, veio também a polêmica. Deusdedith Pereira Matos, irmão de Hildebrando, entrou com processo judicial reivindicando a autoria da primeira parte da música. Com a morte de Hildebrando, Zé Keti teve de voltar aos tribunais, já que a família do co-autor alegava que a composição seria apenas dele. Além do sucesso e das brigas na Justiça, “Máscara Negra” também rendeu à Zé Keti um contrato como garoto propaganda da General Electric, que lançava um aparelho de TV “xará” da canção.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O fundamento da futilidade em nossas vidas


Há 12 anos estamos acostumados a, no mínimo, ouvir falar sobre Big Brother Brasil durante os primeiros meses do ano. Já há algum tempo que muitos dizem que este programa já deu o que tinha que dar e desde o início que muitos gostam de criticá-lo. E eu fico me perguntando porque tantos de nós sentimos prazer em crucificar as pessoas que confessam assistir a este reality show. Ele merece muitas críticas negativas, sem dúvidas. Mas quer saber? na minha opinião nossa crítica deve ir além de só falar mal do programa, temos mesmo é de ser críticos com tudo. E acho que taxar as pessoas como 'ignorantes' só por assistir ao BBB é, no mínimo, arrogância. Concordo que não é exatamente um programa inteligente. Não acrescenta muita coisa a ninguém, ou pior, acrescenta mais besteirol à mente do povo. É, pelo menos, facilmente possível observar bastantes coisas em relação ao comportamento humano assistindo a essa tentativa de assassinato do bom-senso (na minha opinião, o recente "caso Daniel" é uma polêmica e consistente prova de que o ser humano anda realmente carente de bom-senso, se é que um dia o teve). Percebemos com isso o quanto podemos ser tolos e quase enojantes por criarmos um programa como esse e também por aceitarmos participar disso (mas, tenho de confessar, eu ainda nos acho infinitamente mais tolos e repugnantes por cada guerra, cada estupro, cada injustiça).
Provavelmente muitos discordarão do que estou escrevendo, mas para eu expor minha opinião eu tenho que estar pronta para isso. E apesar de, com toda a sinceridade possível, eu realmente ter essa opinião sobre o tal do Big Brother Brasil, ora e meia eu me pego assistindo o tal. Não vou fazer pose de mega intelectual e empinar o nariz, eu confesso sim que eu acabo vendo nos dias de "paredão". Claro que me sinto mais satisfeita quando vejo as pessoas ao meu redor tendo mais o que fazer do que assisti-lo, como ler um livro, ver um filme ou namorar um pouco. Assim como eu concordo que uma pessoa é bastante tola se gasta o pouco tempo de sua vida apenas assistindo a programas como BBB, vendo filmes comerciais como comédias repetitivas e besteirois americanos, não lendo nem livros nem jornais, não estudando, simplesmente não se interessando por nada que realmente possa lhe fazer bem, intelectualmente falando. Mas eu me pergunto, será que uma pessoa que faz dos estudos algo rotineiro, e que ainda o faz com gosto, que devore livros, que leia o jornal todos os dias, que seja um cidadão atuante e consciente e que seja um ótimo profissional, mas que cometa o pequeno deslize de à noite sentar à frente da TV e assistir ao tão mal falado BBB, então essa pessoa deixa de ser inteligente?
Futilidade. BBB é uma futilidade. Mas me diga, quem não vive sem pelo menos uma futilidade? Será mesmo que assistir ao BBB é pior do que dar tanto valor às marcas das roupas? E você que tem dinheiro pra levar seus filhos pros cantos mais interessantes do planeta e ainda assim insiste em levá-los todo ano pra Disney e apenas para lá? E você que coleciona besteirinhas sem nenhuma utilidade? E a criança que mora em uma casa com um jardim enorme, cachorros tão amigos no quintal e com uma piscina de águas azuis à sua espera em um dia lindo de sol e prefere ficar trancada dentro de casa jogando videogames? E mais, e os pais dessas crianças que acham isso normal? E você que não assiste BBB, mas assiste a todas às novelas possíveis? E você que é viciado em joguinhos de computador (ok, alguns podem até ser inteligentes, mas acho que nada é tão bom quanto jogar ou brincar com uma outra pessoa em vez de com uma máquina; portanto, tudo bem jogar, mas sem tornar isso um vício, sem ser horas por dia, certo?)? E você que muda de carro todo ano, tem TV à cabo e compra eletrônicos mil por mês, mas que mantém seus filhos na rede pública, mesmo sabendo que poderia dar melhores condições de estudo a eles se não fossem tantos gastos com coisas desnecessárias? E você que sai pra balada e fica com dez na mesma noite? E você que bebe todas pra esquecer de algo ruim que aconteceu? E você que não assiste ao BBB, mas todo sábado gasta mil reais em novas roupas?
Futilidade. Cada um com a sua. No singular ou no plural, não existe um ser humano sequer que se livre delas. E pra quem acha isso ruim, eu digo que acho isso até bom. É mais, é fundamental. Ser intelectual deve mesmo ser muito bacana (eu, pessoalmente, busco isso pra mim), mas alguém nesse mundo vive só de intelectualismo? Precisamos mesmo ter algo que distraia sem o compromisso de termos que aprender com esse algo. O importante é não perder o bom-humor. É claro, aconselho a trocarem o BBB por "Os Simpsons", "The Big Bang Theory", "Friends" ou "Two and a half men", mas se a pessoa quer ver BBB, e daí? eu não tenho nada com isso, você tem? e, sinceramente? do mesmo modo, não são programas que nos ensinem algo inteligente, são apenas programas que nos divertem, que são bons por serem engraçados.
Existe um abismo entre só assistir e só se interessar por futilidades ou ser uma pessoa que se interesse por coisas como o verdadeiro cinema, literatura, artes plásticas, ou por arquitetura, por filosofia, poesia, pelas leis, por música, teatro, engenharia, física, química, pela escrita (...) e que desenvolva em si mesmo tudo aquilo pelo que se interessa e se dar ao "luxo" de descansar com uma futilidade. A vida não é feita só de seriedade, ela também precisa de um besteirol. O problema não está em assistir BBB, o problema está em vivermos em uma sociedade que faz da ignorância algo predominante. Fato este que faz com que um BBB não seja uma futilidade apenas na vida das pessoas, e sim mais uma dentre tantas outras que se tornam parte da rotina. Repito, o problema não é assistir ao BBB, o problema é só assistir a programas fúteis com o BBB. Assistir a um, será mesmo que faz tanto mal? já assistir a vários desse calão, creio eu que seja pior do que assistir a nenhum inteligente. Assim como o problema não é jogar videogame nem joguinhos no computador, e sim fazer dessa sua única atividade de lazer em casa. O problema também não é viajar para a Disney, o problema é só ir para lá podendo conhecer um mundo imenso de cultura e beleza. O problema é a falta de discernimento pra distinguir as futilidades das coisas que realmente têm valor.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os 50 anos da morte de Cândido Portinari


Datas redondas ganham destaque. E se há um lado triste de se comemorar a quantidade de anos da morte de um artista, há também um lado muito feliz de se perceber que mesmo após décadas o artista e sua obra se mantêm vivos o suficiente pra serem lembrados, comemorados e homenageados.
Cândido Torquato Portinari nasceu em Brodowski, no estado de São Paulo, em 1903 e no último dia 6, uma segunda-feira, 50 anos de sua morte foram completados. Artista plástico, pintou quase cinco mil obras, desde pequenos esboços a grandes pinturas e enormes murais como os painéis "Guerra e Paz", os quais, por sinal, talvez constituam sua principal obra. Painéis estes que foram dados à sede da ONU em Nova Iorque em 1956.
Filho de italianos imigrantes, Portinari não completou nem o ensino primário. Desde pequeno sua vocação para as artes se tornou perceptível. Aos 14 anos de idade, um grupo de pintores e escultores que restaurava igrejas passou pela região de Brodowski e o recrutou como ajudante. Foi aí que se iniciou o que viria a ser uma grande carreira artística.
Aos 15 anos Portinari deixou São Paulo e seguiu para o Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Aos 20 anos já participava de exposições. Foi nessa época que Portinari se interessou pelo Modernismo, até então um movimento marginal. Esforçou-se até conquistar um dos prêmios que mais desejava: a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos primeiros anos obteve reconhecimento, mas não venceu. Mais tarde chegou a afirmar que os elementos modernistas de suas telas chocavam e desagravam os juízes do concurso. Em 1928 preparou uma tela tradicional e então finalmente ganhou a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
Viveu durante dois anos em Paris, obtendo um estilo que o consagrou. Teve contato com outros artistas e conheceu aquela que viria a ser a mulher de toda a sua vida: a uruguaia Maria Martinelli, com 19 anos na época. E foi justamente a distância do Brasil que criou nele um interesse social maior e que o aproximou mais de sua pátria, fazendo com que retornasse em 1946 com uma estética diferente e inovadora, com mais cores, sem compromisso com o volume do que retratava. Aos poucos experimentou os murais e afrescos, deixando um pouco de lado as pinturas a óleo.
Seu novo modo de pintar ganhou destaque na imprensa, o que o fez expor três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque, no ano de 1939. Através disso Alfred Barr, na época, diretor geral do Musei de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), compra a tela "Morro do Rio" e a expõe no MoMa. Barr interessa-se tanto por Portinari que prepara uma exposição individual para ele. É já no final da década de 40, quando Portinari conhece "Guernica", obra de Pablo Picasso, que seu estilo muda novamente.
Em 1951 Portinari retornou ao Brasil. Neste mesmo ano, a I Bienal de São Paulo expôs obras suas. Porém, infelizmente, a década de 50 foi marcada por diversos problemas de saúde. Portinari sofreu de uma séria intoxicação pelo chumbo das tintas que utilizava. Ainda assim, contrariando as indicações do médico, continuou pintando e viajando com frequência, expondo em diversos países pela Europa, além de EUA e Israel.
A desobediência de Portinari fez com que a morte chegasse mais cedo. Com alma de artista, sua escolha fez com que ele continuasse vivendo sua arte intensamente em vez de abrir mão dela para viver durante mais tempo. No início de 1962 a prefeitura de Milão o convidou para uma exposição de 200 telas. Isto fez com que ele aumentasse bastante seu ritmo de trabalho, o que causou o envenanamento fatal de Portinari. No dia 6 de fevereiro de 1962, no Rio de Janeiro, o grande artista Cândido Portinari morreu vítima das tintas que paralelamente fizeram dele eterno.
Para quem mora na cidade de São Paulo ou para quem tem facilidade em visitar a cidade, desde o dia 6 deste mês, um conjunto inédito de obras do artista está exposto no Memorial da América Latina, prédio de Oscar Niemeyer na Zona Oeste de São Paulo. Aberta até o dia 21 de abril, a exposição apresenta diversos dos estudos de Portinari para os painéis "Guerra e Paz" junto das duas pinturas, guaches, desenhos e grafites. É uma ótima oportunidade para ver os famosos painéis "Guerra e Paz" de Portinari. Uma oportunidade rara e histórica: é a primeira vez que os painéis são reunidos com estes estudos desde que foram entregues à ONU. Esta exposição está ocorrendo graças ao filho de Portinari, João Cãndido Portinari, responsável por cuidar dos direitos autorais das obras do pai. João Cândido deu também aos cariocas a oportunidade de ver os painéis, quando ficaram expostos no Teatro Municial em dezembro de 2010.
Cândiro Portinari é mesmo um artista que merece ser prestigiado em todo o mundo. E escrevo 'é', verbo conjugado no tempo presente, porque o corpo pode até morrer, mas a alma de um artista é eterna.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

E lá se vai a diva Whitney Houston...


Whitney Elizabeth Houston nasceu em 9 de agosto de 1963 e faleceu no último sábado, 11 de fevereiro de 2012. Dentre suas facetas de atriz, modelo e cantora é, sem dúvidas, na última que Whitney Houston mais se destacou e encantou. Cantou blues, pop, R&B e também gospel. O modo como muitas vezes é chamada, "The Voice" (A Voz), demonstra o quanto sua voz era de uma beleza ímpar e de um valor inestimável.
Muitas vezes comparada a artistas como Frank Sinatra e Aretha Franklin (sua madrinha, por sinal), está entre os 500 maiores artistas de todos os tempos da revista Rolling Stones. Mais que isso, segundo o Guinness Word Records, Whitney Houston foi a artista mais premiada de toda a história: 415 prêmios até 2010, dentre os quais 2 Emmy Awards, 6 Grammy Awards, 30 Billboard Music Awards e 22 American Music Awards. Whitney chegou 30 vezes ao topo das paradas da Billboard.
Whitney começou a cantar com 11 anos em uma igreja e depois passou também a se apresentar junto de sua mãe, Cissy Houston, quando foi descoberta pelo empresário da Arista Records Clive Davis (fato este sobre o qual há divergências). Desde então lançou dez álbuns: sete de estudio e três de trilha sonora, todos certificados como no mínimo ouro pela Recording Industry Association of America (RIAA). Houston iria lançar mais um álbum de estúdio e mais um de trilha sonora este ano; também iria participar de mais um filme.
Seu álbum de estreia (1985) demorou um pouco, mas até que emplacou e foi o álbum mais vendido no ano. Já o segundo foi o primeiro álbum de uma cantora a estrear em primeiro lugar na Billboard 200. Seu primeiro single, "I Will Always Love You", se tornou o mais vendido por uma cantora.
Seu primeiro papel no cinema foi em "O Guarda-Costas" (1992), fazendo muito sucesso como protagonista. Contribuiu também com a trilha sonora do filme, álbum este que se tornou o mais vendido por uma artista feminina. Atuou em outros filmes como "Waiting to Exhale" (Falando de Amor) e "The Preacher's Wife" (Um Anjo em Minha Vida), contribuindo na trilha sonora de todos. A trilha-sonora de "The Preacher's Wife", por sinal, foi lançada um mês antes do filme; foi uma oportunidade que Houston teve de realizar uma vontade sua: um álbum gospel. Álbum este que se tornou o álbum gospel mais vendido da história da música, fazendo com o que o filme fosse indicado, inclusive, ao Oscar de melhor trilha-sonora original.
Em meados de 1992 Whitney se casou com o cantor Bobby Brown. Em 1993 deu à luz sua filha, Bobbi Kristina. Em 1994 Houston fez seus primeiros e únicos shows no Brasil: participou do festival Hollywood Rock no Rio de Janeiro e se apresentou no estádio do Morumbi em São Paulo. Em paralelo à sua carreira, Whitney desenvolveu também um trabalho junto à instituição filantrópica que criou em 1989, a Fundação Whitney Houston for Children, sem fins lucrativos e voltada às crianças carentes e vítimas de AIDS e de câncer.
No final de 2002 a cantora confessou que consumia drogas como cocaína e crack. Durante as duas últimas décadas consta-se que ela foi internada em clínicas de reabilitação diversas vezes. Por causa do vício em drogas, a diva sofreu grandes dificuldades financeiras. Endividada, em 2006, a estrela colocou em leilão sua casa avaliada em muitos milhões. Pouco tempo depois Whitney pediu o divórcio após um casamento de 14 anos envolto em polêmicas, brigas e envolvimento com drogas. Pouco tempo depois aparece feliz e recuperada. Depois de tanta espera, em meados de 2009 foi finalmente lançado o álbum de retorno da maravilhosa Whitney Houston: "I Look to You". O álbum estreou já na primeira posição dos mais vendidos nos EUA.
Whitney Houston se eternizou. Será sempre uma das maiores cantoras já conhecidas. Foi encontrada morta no sábado em uma banheira de hotel em Los Angeles, aos 48 anos. O resultado final da autópsia tem de aguardar o boletim toxicológico. A causa da morte ainda é indeterminada, mas se suspeita que ela tenha usado o ansiolítico Xanax, para o qual ela tinha receita e que tenha adormecido e, com isso, se afogado. O resultado final deve ser divulgado dentro de um mês.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Incompreensível (ou O Insolucionável)


Eu compreendo os suicidas
Toda vez que não consigo enxergar um futuro
Andando a esmo, sem esperanças, crenças esquecidas.
Abismo sombrio, de breu puro.

Eu compreendo os misantrópicos
A cada minuto de duração dos telejornais
O homem é mau e como mudar isso são os tópicos
da questão 'como fazer dos homens seres normais'.

Eu compreendo os sonhadores
Toda vez que encontro positivismo nos olhos de uma criança.
Paz, amor, um mundo sem guerras, sem dores.
É bom acreditar que a tempestade não é eterna e ainda virá a bonança.

Eu compreendo os loucos e também os iludidos.
Deve ser formidável a possibilidade de se viver num mundo paralelo.
Acreditar na mentira que são muitos dos momentos vividos,
Deixar-se fugir das atitudes humanas aparentemente sem elo.

Eu compreendo os depressivos
Toda vez que me deparo com o desamparo.
A solidão que fere, o egoísmo e o egocentrismo tão agressivos.
A falta de amor, cujo preço no final das contas sai bem caro.

Eu compreendo os apaixonados
A cada nova certidão de nascimento emitida.
Amor, companheirismo, desejo, sexo, beijos roubados.
A fé na possibilidade da felicidade garantida.

Eu compreendo os românticos e os poetas
A cada vez que me emociono com as artes,
Com atitudes humanas ou animais, mesmo quando indiretas.
E quando escrevo, tentando espalhar poesia por todas as partes.

Eu só não compreendo os ignorantes
que assim o são por mera escolha e não por falta de opção.
Dispensam conhecimento e amizades. Estátuas andantes,
permanecem intactos, estáticos, apenas porque querem. Sem explicação.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Não chame o ladrão, não chame o ladrão!

Foto: Carolina Lauriano/ G1

Por Carlos Pinho

Primeiramente, que fique bem claro àqueles que gostam de atribuir a sujeira na polícia ao baixo salário concedido à categoria: corrupção não é um ato inerente à condição de trabalho. É uma falha moral. Até porque quem entrou para a corporação já sabia como a banda tocava por lá. Ademais, nossa classe política ganha muito bem, entretanto, goza de uma reputação tão limpa quanto o rio Tietê em dia de enchente.

O movimento grevista dos bombeiros e das polícias civil e militar do Rio de Janeiro está recebendo muitas críticas, mas a reivindicação deles é legítima. Por mais que esse ato configure crime militar. Na Revolta da Chibata (guardadas as devidas proporções, contextos e reivindicações), os marinheiros, liderados por João Cândido, também cometeram um crime para tornar público os seus anseios.­

Como os policiais tocariam na ferida de sua desvalorização se ficassem esperando, acompanhados de Tinkiwinki, Dipsy, Lala, Po e do solzinho com rosto de criança, pela benevolência do poder público?­

A priori, o governo deve buscar outras propostas - logicamente que inferiores - para, além de contornar a situação, ganhar dos manifestantes pela paciência. Nesse ínterim, também vai criar, através dos meios de comunicação, mecanismos para jogar a opinião pública contra o movimento. Será necessária muita sagacidade aos grevistas para que estes não coloquem os pés pelas mãos, como fizeram os baianos. ­ A máquina estatal de manipulação das massas é pujante. Os manifestantes não ignoram esse fato. Sabem que já estão expostos a uma enxurrada de censuras. Mas as suas necessidades falam mais alto nesse momento. Quanto ao que acontecer nesse período de paralisação, os grevistas vão botar no colo do governador todos os acontecimentos que não encontrarem amparo policial. E a contrapartida virá, independentemente do descaso de Sérgio Cabral com a situação salarial que, por sinal, não é exclusividade dos atuais manifestantes, já que os médicos e, especialmente, os professores são profundamente afetados pelo desprezo do governo.

É notório que os policiais civis e militares tomaram as rédeas como protagonistas nesse episódio. Em 2011, os bombeiros se amotinaram por melhores salários e condições de trabalho e receberam amplo apoio popular. Será que a polícia desfruta desse mesmo prestígio para acender na população um suporte desse quilate?

Particularmente, considero esse estilo de greve improdutivo em termos práticos. Só serve para criar um desgaste e pender para as frentes políticas oportunistas que estão fomentando os setores envolvidos (afinal, vivemos em ano eleitoral). Precisamos repensar as formas convencionais de luta pelos nossos direitos. Esse movimento está fadado a ser vencido pelo cansaço e pela insatisfação de um povo acuado e já tão acossado por pilantras de terno e gravata que, com os seus sorrisos farsantes estampados em seus rostos besuntados de óleo de peroba, jogam o progresso de nossa sociedade nas costas de eventos que duram pouco mais de um mês e que dão lucro apenas para os seus patrocinadores privados. Seria mais válido se aqueles que são responsáveis pela segurança da população negassem-se a dar qualquer auxílio aos ocupantes de cargos ligados ao alto escalão dos três poderes. Não há maneira mais eficaz do que afetar diretamente aqueles que se consideram os donos do poder.

No entanto, é muito complicado quando, para tentarem valer os seus direitos, os grevistas montam estratégias de manifestação que acabam prejudicando quem mais necessita da ajuda deles. Ainda mais quando temos uma ligeira impressão de como essa história­ pode terminar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Show FOCUS e RIO PROG FESTIVAL



Show da banda FOCUS


No dia 14 de março a banda holandesa FOCUS de rock progressivo pisa em solos cariocas para um show imperdível no Teatro Rival (Cinelândia): estarão comemorando o aniversário de 40 anos de lançamento de seu maior clássico: o álbum "Moving Waves" e também o lançamento de seu mais novo CD: "Focus X - Crossroads".
Um dos maiores expoentes do Rock Progressivo mundial, o banda foi fundada em, 1969 pelo flautista e organista Thijs van Leer. Tendo como característica composições instrumentais, tiveram algumas influências eruditas.

RIO PROG FESTIVAL
Devido ao sucesso da 1ª edição, está aí a 2ª! Este é o mais novo festival de Rock Progressivo do Brasil, trazendo ao Rio de Janeiro o melhor do Progressivo brasileiro e mundial. Vale a pena conferir!
DIA 10 de Março
- SUB ROSA (MG)
Brilhante banda autoral com vocais femininos e masculinos e grande trabalho instrumental. Criada em 2006, lançou o excelente CD "The Gigsaw" em 2009.
Já tendo obtido a muito expressiva venda de 5 mil CDs, em 2010 venceu o Festival de Música Independente da web rádio WULP (Lágrima Psicodélica), com a música Equinox, concorrendo com mais de 100 bandas.
Seguindo uma linha estilística belamente melódica, influenciada por ícones como Pink Floyd e Genesis, chamam a atenção pela inclusão de artes cênicas juntamente ao espetáculo musical, transformando o evento em uma experiência marcante e inusitada para o público.
Entre inúmeros shows no decorrer desses anos, fizeram em 2011 importante turnê nos EUA. Preparam agora seu 2º disco, o álbum duplo “11:11”.
- BANDA TRUCCO (RJ)
Melhor banda de covers progressivos que já surgiu no Rio!! Formada em 1998 por músicos com grande experiência na noite e uma extensa bagagem musical, a banda Trucco Classic Rock executa versões excelentes de músicas de bandas como KING CRIMSON, ELP, RENAISSANCE, PINK FLOYD, JETHRO TULL, GENTLE GIANT, URIAH HEEP, CAMEL, RUSH etc
DIA 11 de Março
- MAHTRAK (SP):
Formada em São Paulo em 2001, a banda Mahtrak segue uma mescla de jazz-rock e rock progressivo recheado de referências aos anos 70, fortemente influenciados por bandas seminais como Soft Machine, Return to Forever, Mahavishnu Orchestra, Jean Luc Ponty e Camel.
Em seu CD de estréia, intitulado "Panorama", distribuído em 12 países, exploram de forma surpreendente os timbres de instrumentos clássicos do estilo, como o órgão Hammond, o Mellotron e o piano Rhodes. Este album tem recebido excelentes críticas e reviews pelo mundo e graças à sua ótima repercussão, a banda foi convidada a participar da coletânea "The Haiti Project", juntamente com artistas renomados do Progressivo mundial como Roine Stolt, Neal Morse e The Tangent, ajudando as vitimas das tragédias ocorridas naquele país.
Além do excelente repertório autoral presente em "Panorama", a banda prepara seu segundo disco do qual executarão músicas inéditas e trarão também surpresas ao palco, tocando músicas de grandes medalhões do estilo.
- BY THE POUND (MG)
Maravilhosa banda cover do grupo inglês Genesis na sua fase com Peter Gabriel. Seu repertório engloba várias das mais longas e complexas obras genesianas, tais como "Supper´s Ready", "Cinema Show", "Watcher of the Skies", "The Knife" e "Musical Box".
Alem de fidelidade tímbrica máxima, possuem extremo talento e bom gosto na inclusão de detalhes inéditos por eles criados. Sua produção técnica é igualmente impecável, apresentando rica produção cênica o que torna o espetáculo em algo absolutamente inesquecível.

INFORMAÇÕES

Show FOCUS
LOCAL: Teatro Rival Petrobras - Rua Álvaro Alvim, 33 / 37- subsolo - Cinelândia
ENTRADAS: Inteira antecipada - R$100,00 / Inteira na porta - R$160,00 e Meia-entrada para estudantes e idosos - R$80,00
HORÁRIO: 20hs (Portas serão abertas às 19:30)
INFORMAÇÕES E AQUISIÇÃO DE INGRESSOS PARA SHOW FOCUS
RENAISSANCE DISCOS - A/c Claudio Fonzi
Rua Alcindo Guanabara, 17, Sala 1508 - Edifício Teatro Regina
Cinelândia - Rio de Janeiro (RJ)

RIO PROG FESTIVAL
LOCAL: Rio Rock & Blues Club (Rua Riachuelo, 20, Lapa)
ENTRADAS: Antecipadas - R$30,00/ na data - R$50,00
HORÁRIOS: 10 de Março - 20hs
11 de Março: 18hs
Aquisição de ingressos antecipados: da mesma forma que para o show da banda FOCUS.

Escrito por Elis Bondim e Claudio Fonzi