sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Uma pitada de samba e um bocado de histórias

Episódio de hoje: 

Tia Ciata

                                                                   Tia Ciata



Para detalhar um pouco mais sobre o surgimento do samba como um ritmo próprio, é necessário citar talvez a figura mais importante deste “nascimento”: a casa da Tia Ciata.
Frequentada por Donga, Pixinguinha, João da Baiana, Sinhô, Heitor dos Prazeres, Hilário Jovino, Catulo da Paixão Cearense, entre tantos outros, a casa da mãe-de-santo baiana, Hilária Batista de Almeida, a Tia Ciata, situada na Praça Onze, foi de suma importância para o surgimento do samba. Foi neste endereço que ocorriam inúmeros saraus, nos quais diversos ritmos musicais de todas as partes do país se juntavam. A união destes ritmos daria vida ao gênero musical que mais tarde se tornaria símbolo da cultura brasileira.

                          Donga, Pixinguinha e João da Baiana
 
Nas reuniões nas casas das tias baianas, os ritmos brasileiros como maxixe, modinha, cateretê, choro, lundu, jongo e marcha, se juntariam aos cânticos e batucadas do candomblé para dar origem ao samba – que era uma palavra já conhecida para definir uma reunião musical ou para identificar um tipo de música e dança dos negros. Mas este “samba” ganhou um ritmo próprio, característico, que o destacou de outros gêneros brasileiros.
Em novembro de 1916, o cantor Baiano, o mesmo que gravou o primeiro disco nacional em 1902, gravou o samba Pelo telefone[1], de Donga e Mauro de Almeida. Somente a partir da gravação deste samba, que se deu início a uma série de gravações de outras músicas denominadas como samba.


[1] O samba Pelo Telefone possui diversas versões, pois muitos compositores exigiram a autoria desta música. Antes da gravação desta música, houve outras gravações de samba, mas foram registradas como outro ritmo.


Veja o epsódio 1 em Os primeiros passos do Samba

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