quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A volta dos que não foram:

Seleção, CBF, clubes e um pouco de desesperança


Por Carlos Pinho

Se você não sabe (pois não consegue mais manter-se acordado vendo os "manos do Mano" em campo), a seleção brasileira jogou ontem e, numa atuação apagada, venceu a modesta seleção da Bósnia por 2 a 1. Em quase dois anos de trabalho, o técnico Mano Menezes ainda não encontrou a formação ideal da equipe que, em 2014, vai representar a CBF na Copa do Mundo, que será disputada no Brasil. Mas o tema deste artigo não está nas quatro linhas.

Há algumas semanas, o noticiário esportivo minimamente isento vem comentando o possível fim do ciclo de Ricardo Teixeira na presidência da Confederação Brasileira de Futebol. Sofrendo com a pressão política e com uma série de denúncias nas costas, o dirigente parece estar cada vez mais isolado e encurralado, esquivando-se de entrevistas e convocando reuniões extraordinárias com os presidentes das federações - que compõem a base da instituição - e com seus homens de confiança. Além de mandatário da CBF, ele também comanda o Comitê Organizador Local (COL), tendo o ex-jogador Ronaldo como seu escudo.

Dentro desse panorama conturbado, a corrente que defende a saída de Teixeira vem crescendo. No entanto, as dúvidas sobre os rumos da preparação do país para a maior competição entre seleções do planeta aumentam ainda mais. O deputado federal Romário é o principal crítico do dirigente. A presidenta Dilma Rousseff não quer vê-lo nem pintado de verde e amarelo. E, para piorar, a Fifa, por meio de seu mandatário, Joseph Blatter, também se colocou na linha de frente dessa oposição.

E para os clubes brasileiros, o que mudaria com a saída de Ricardo Teixeira? Se os seus próprios dirigentes não revirem alguns dos seus conceitos, nada.

É verdade que a gestão de boa parte dos nossos clubes melhorou nos últimos anos. Mas certos hábitos teimam em permanecer. As principais forças do nosso futebol não possuem autonomia diante da CBF. São dependentes política e financeiramente das suas benesses. Sempre que precisam colocar as contas em dia, seus dirigentes correm com o pires na mão até a porta da instituição, na ânsia de receber algum trocado adiantado. Ficam acuados e fragmentados quando negociam seus direitos de transmissão, baixando suas cabeças a um monopólio que lhes rende bem menos do que as marcas que "defendem" merecem.

Enquanto a mentalidade dos dirigentes não mudar, continua tudo na mesma. Os clubes precisam deixar de lado a rivalidade e focar num objetivo comum: a valorização dos nossos times. Alguns levantam a bandeira pela criação de uma liga, o que os fortaleceria. Entretanto, esse projeto já foi tentado, com a fundação do Clube dos Treze, e fracassou.          

Infelizmente, os dirigentes da maioria dos clubes brasileiros não têm noção do peso das camisas que “representam”. Subvertem o seu valor e, em alguns casos, locupletam-se dele como bem entendem. Com isso, a especulada saída de Ricardo Teixeira não traz grandes esperanças. Quando só há bagunça e vício ao nosso redor, o horizonte é nebuloso. 

6 comentários:

  1. ESSE DAI O TAL RICARDO TEIXEIRA SÓ SAI SE
    MORRER MESMO CASO CONTRÁRIO NÃO MESMO!!
    POBRE FUTEBOL BRASILEIRO!!

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  2. Eu não levo fé nenhuma nesta seleção , uma das piores que eu vi ...

    http://andyantunes.blogspot.com/

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  3. A minha poesia

    Minha poesia
    Minha herança
    Minha vida
    Meus sentimentos
    Meus conflitos
    Minhas emoções
    Minha razão
    Meus escritos
    É tudo que
    Eu posso deixar

    Anjopoesia

    Lindo Blog....

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  4. Ow gostei mesmo das postagens, bem criativas... parabéns..
    http://jpbigblog.blogspot.com.br/

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  5. A CBF ja teve seus momentos de gloria
    hj em dia infelizmente não é mais assim!
    acesse meu blog
    http://naomedigaabsurdos.blogspot.com.br/

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  6. seguindo belo blog me retorne obrigado http://henriquenoticiasgerais.blogspot.com.br

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