Ronaldinho levanta a Taça e a Presidente Patrícia Amorim bate palmas
Foto: André Durão/Globoesporte
Por Carlos Pinho . . . Domingo à tarde. Vermelho e preto pelas ruas do Rio. Engenhão lotado. Balões eram enchidos aos montes pelos torcedores cheios de esperança na possibilidade de mais um título. E não deu outra . . .
O Flamengo mostrou a que veio desde a escalação montada por Vanderlei Luxemburgo. Um esquema para muitos inspirado na equipe campeã do mundo, a seleção espanhola. O time entrou em campo com três jogadores na frente: Thiago Neves pela esquerda, Botinelli pela esquerda e Ronaldinho Gaúcho centralizado. Apesar da falta de cacoete do “centroavante” Ronaldinho e do seu isolamento, o Flamengo dominou as ações, buscando o gol com trocas de passes entre as suas principais peças. Com muita movimentação tentou-se reparar a falta de um homem-gol no primeiro tempo.
A equipe do Boavista não chegou à toa na decisão. Apresentou-se no início com um esquema até ousado, com três atacantes: Tony, André Luís e Frontini. Porém, a equipe treinada por Alfredo Sampaio sentiu a pressão dos adversários do campo e das arquibancadas. Os mais de 40 mil apaixonados tiveram um papel fundamental nessa conquista.
Ronaldinho esteve apagado durante a etapa inicial e melhorou no segundo tempo, com a entrada de Negueba e Diego Maurício. Mesmo assim, as jogadas não saíam como o esperado. A defesa do Boavista estava bem postada. Todos colaboravam na marcação e o goleiro Thiago fechava a sua meta.
O GOL. A CONSAGRAÇÃO.
O olhar que parece combinar com a bola o seu destino
Foto: Fotoarena
Até que, aos 25 minutos do segundo tempo, Edu Pina fez falta em Thiago Neves próximo da área. A torcida pedia, cantava e sorria de esperança. E o motivo de tanta emoção foi ao encontro de sua inseparável companheira. Ajeitou a pelota. Tomou distancia. Observou o posicionamento da barreira. Correu e chutou. Talvez chutar seja uma palavra que não descreva da melhor maneira o lance. Na verdade, ele afagou a bola, tal qual um pai acarinhando o filho que está aprendendo a caminhar. E a cria atendeu ao carinho e, numa curva desconcertante, encontrou o fundo das redes da equipe de Bacaxá. Um momento único de um craque que está no coração dos rubro-negros.
Até onde irá esse bonde? Só o tempo poderá responder. . .
Foto: Fotoarena
A partida não foi uma lavada. O Flamengo não está jogando o fino da bola. Ronaldinho ainda não alcançou a primazia. Não há um esquema tático definido. Entretanto, com o que já foi mostrado nas quatro linhas, conquistou-se a Taça Guanabara e a vaga na final do Campeonato Estadual está garantida. Será que alguém conseguirá frear o Bonde do Mengão?
Nenhum comentário:
Postar um comentário