sábado, 28 de maio de 2011

Eu vivo para quê?

É inegável o poder que a música tem. Creio que a forma de arte mais completa é o cinema, mas por mais que todas as formas sejam maravilhosas e tenham o seu valor, a música é a que mais emociona e, principalmente, une as pessoas.
Ir a um show como o do Paul McCartney é uma experiência ímpar. Incomparável. E os motivos são vários. Não é só porque ver um Beatle em breve se tornará algo impossível - e eu lamento muito pelos meus futuros filhos; ainda bem que música boa não tem idade e que os Cds, DVDs e Lps estão aí para eternizá-las -, afinal, eles revolucionaram a música e se tornaram a banda de música popular mais bem-sucedida comercialmente e aclamada até os dias atuais - e creio que demorará a alguém ultrapassá-los, pois não é só questão de vender muito, é também da revolução musical que se expandiu até questões sociais e culturais, e da qualidade musical -; é também pela característica incomum da platéia: crianças, adolescentes, adultos e idosos se encontram nela.
Paul arriscando-se no português, levando fãs ao palco para dar autógrafos e agradecendo a nós pela presença (nós também agradecemos a ele, é claro; é uma relação mútua) são apenas detalhes. O mais importante é estarmos todos ali pelo mesmo motivo: a música. E, esquecendo-se do cachê por um instante, isso inclui o Paul.
Vale a pena ficar horas em pé esperando o espetáculo começar ou chegar horas antes no local do show para garantir um bom lugar. A emoção que se tem da pista é diferente da que se tem da arquibancada. O ideal seria ver um dia da pista e um dia da arquibancada. Pois ver o show em si mesmo, ou a pessoa deve ser bem alta ou ir de arquibancada. Mas SENTIR a sensação de alegria extrema que é estar em meio a uma multidão de idades, cores e credos, aclamando a boa música, cantando os sucessos e se emocionando, é mais do que bonito: são em momentos como esse em que temos a oportunidade de sentirmos paz. Paz interior, paz exterior. Acho que é por isso que até os marmanjos se permitem chorar em shows como esse.
Paz interior porque a música tem esse poder, e a situação causa isso automaticamente em qualquer um que se jogue de verdade no show, que se entregue àqueles momentos e se permita descobrir que, na verdade, a música não foi feita só para ser ouvida e admirada, e o show para ser visto, mas acima de tudo, para ser sentida. Feche os olhos em meio à multidão e sinta a sensação que só a música gera, conselho de amiga. E paz exterior porque só a música une as pessoas, como o meu pai diz, permite que até inimigos fiquem lado a lado e cessem guerra pelo menos durante o precioso tempo em que estiverem VIVENDO a música, em conjunto com o turbilhão de emoções que é simplesmente estar ali. Ali não há espaço para brigas, problemas, dramas. Esquece-se do mundo e encontra-se o verdadeiro porquê de viver: sentir. Eu vivo para quê? Eu vivo para presenciar, deliciar-me e sentir momentos como esse.

4 comentários:

  1. Eu por coincidencia tb postei sobre musica essa semana. Concordo em gênero e número com a sensação de paz e harmonia causada pela musica, eu posso dizer que sou viciada em música. Musica para dançar (com algumas exceções), musica para refletir, musica para sonhar,música para entrar em harmonia com o ambiente e consigo mesma todo tipo é bom e útil, se vc se afinar claro. Espero sentir tudo isso no show do Eric clapton em setembro!!! to planejando fazer até cartaz kkkkk

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  2. Também pretendo ir ao show dele! Se eu tiver money, e se Deus quiser eu terei. (yn)
    :D

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  3. Vim conhecer o blog, gostei e resolvi ficar por aqui! Seguindo!

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  4. Olá, querida!

    Gostei de sua postagem e volte sempre ao meu blog ^^

    bjos!

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