sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Mente Genial de Escher


Mauritus Cornelis Escher foi um grande artista gráfico. Holandês, falecido em 1972, surpreende a todos com a sua persistência em temas como o infinito, a eternidade e ciclos. Suas obras se consistem em xilogravuras e litografias, e são daquele tipo que exigem muita atenção do admirador, uma vez que, se não forem bem observadas, será fácil perder detalhes interessantes.
Expostas até 27 de março no CCBB-RJ (Rua Primeiro de Março, 66 - Centro, de terça a domingo, das 9h às 21h), mais de 90 obras de Escher, além de um filme em 3D mostrando a mente matemática e original que o levou a realizar determinas obras, são de deixar qualquer um perplexo devido à capacidade de criação do próprio. Suas obras causam ilusões de ótica, possuem perfeita perspectiva e interessantes formas tridimensionais. Ele dançou com a geometria, seduz o público com a sua criatividade e explorou o conceito de metamorfose.
Mestre de obras em preto e branco e de um incrível ilusionismo visual, Escher coloca a cuca dos observadores para funcionar. Uma curiosidade é que muitos amantes do rock o conhecem e nem sabem de tal fato. Uma de suas litografias mais famosas, “Répteis”, é capa do primeiro LP do grupo inglês Mott The Hoople, sem título, de 1969. A lista de bandas que possuem LPS com capas retratando obras de M. C. Escher é grande: Bas B. Browkhuis, Bauhaus, Beaver and Krause, Climax, dentre outras. Há dentre eles, por sinal, vinis bastante raros e caros.
O clipe da música Drive da banda Incubus mostra, logo no começo, a obra “Drawing Hands” de Escher. A ideia de um próprio desenho criar a si mesmo é utilizada diversas vezes ao longo do video. A obra “Relativity” é uma das mais queridas de quem conhece o artista, ela aparece no clip da música Otherside da banda Red Hot Chili Peppers, assim como no clip da música Laughing wifh da cantora indie Regina Spektor e até a abertura da novela “Top Model” (1989/1990) foi inspirada em tal obra. Para os mais curiosos vale contar que até mesmo a fase bônus do jogo Sonic, do Sega Mega Drive, é inspirada na obra “Sky and Water”, onde pássaros se transformam em peixes.
Escher é considerado um gênio da geometria e sempre foi muito admirado por conseguir usufruir dela e explorá-la de uma maneira MUITO intensa. Não só representando formas bi e tridimensionais perfeitamente, como elaborando ilusões de ótica a partir dela. E a curiosidade, no fim das contas, é que ele não estudou geometria. Ele sequer era bom aluno em matemática, no entanto, suas obras são baseadas em conceitos matemáticos! O fato é que ele tinha tudo dentro da caixola mesmo sem ter estudado, sem saber exatamente o que era, os nomes das técnicas e etc.

As técnicas surrealistas do artista intrigam (escadas e quedas d’águas que parecem tanto estar subindo quando descendo, por exemplo) e encantam. Ele transformou a geometria e o impossível em obras muito interessantes. Ele, afinal, foi e será sempre genial. A admiração vista em referências de obras de tantos outros artistas é uma comprovação disso.

5 comentários:

  1. Ele deve ser um autor fascinante. eu estava agorinha mesmo vendo um programa no futura sobre a arte de picasso e fiquei extasiada, ele consegue colocar 4 planos numa tela. realmente a arte é demais, mas tem que se estudar muito para poder se chamar de artista.

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  2. Aleska, ele é sim fascinante. Seu comentário me deu vontade de acrescentar algo no meu post, mas agora deixa pra lá. Bom, esse "algo" é o fato de que Escher é considerado um gênio da geometria e sempre foi muito admirado por conseguir usufruir dela e explorá-la de uma maneira MUITO intensa. Não só representando formas bi e tridimensionais perfeitamente, como elaborando ilusões de ótica a partir dela. E a curiosidade, no fim das contas, é que ele não estudou geometria. Ele sequer era bom aluno em matemática, no entanto, suas obras são baseadas em conceitos matemáticos! O fato é que ele tinha tudo dentro da caixola mesmo sem ter estudado, sem saber exatamente o que era, os nomes das técnicas e coisas do genêro! :)
    Obrigada por comentar.
    Um beijo,
    Elis.

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  3. PS: acabei acrescentando ao texto esse comentário!!!

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  4. Já tinha visto várias obras desse artista, e nunca soube que era ele!
    Adoraria poder ir a essa exposição =)

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  5. Oi Elis, Escher foi realmente um gênio incrível e muito mais impressionante ainda foi saber agora que ele não era também um expert em geometria e em Matemática...

    Incrível mesmo!!!

    Mas, enfim, é um fato que só vem a confirmar o quanto ele era especial e único, um legítimo "visionário das imagens".
    Juntamente com Salvador Dali já se tornou o meu artista visual preferido.

    A sua exposição é mesmo para ser degustada suavemente, cada imagem tem de ser analisada com toda a atenção e curiosidade.

    É praticamente impossível não se demorar algumas horas lá dentro... hehehehe
    Vários amigos meus comentaram ter sido
    "obrigados" a ficar lá por horas a fio, de tão fascinados que ficaram.

    Meus parabéns aos organizadores da exposição e a você pelo excelente texto!

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