segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reflexões

Às vezes eu me pergunto se, por acaso, existe uma explicação maior para todas as catástrofes naturais que ocorrem, sejam as enchentes, os furacões, terremotos, a seca, ou quaisquer outras. Creio que os desastres de avião podem ser explicados através das possíveis falhas motoras ou essencialmente humanas. Mas como ninguém descobriu ainda como e porque o mundo existe e explicou cada detalhe sem deixar nenhum furo, eu me pergunto se o único agente causador de tais fenômenos naturais são de fato apenas o modo como os elementos da natureza agem e reagem aos fatos e mudanças ao seu redor (e que não falem na Teoria do Big Bang da origem do universo, pois afinal, para a famosa explosão ter acontecido, já tinha que existir algo antes, nem que fossem só gases; ao meu ver, o que chamamos de “mundo” não deve ser referente apenas à sua concepção atual e sim à qualquer forma que ele já tenha possuído).
Pode-se dizer que enchentes podiam ser evitadas se não houvesse tanto asfalto, concreto, poucos bueiros e rios para escoação, dentre outros, no entanto, isso é válido em alguns casos somente. Afinal, ocorrem enchentes também em áreas arborizadas, pouco urbanizadas (como na nossa própria Floresta Amazônica, é um ciclo natural), e em lugares em que as construções que prevalecem não são “barracos” e sim boas casas, o que significa não ser exatamente uma área desvalorizada em que predomina uma classe social menos favorecida, inclusive sem se localizar em áreas propícias à desmoronamentos, às vezes são totalmente planas (como na região de Itaipava e proximidades (Petrópolis - RJ), que sofreram com as fortes chuvas no início deste ano, causando diversos desastres). E, de qualquer forma, ainda restam todas as outras maneiras com que a natureza se expressa...
Pode-se não concordar comigo, é claro, mas será que isso tudo não ocorre para que o ser humano aprenda a ser humilde, a ser generoso para com o próximo? Para que enxerguemos que precisamos uns dos outros?! Não só para ajudarmos às vítimas, que um dia podemos ser eu ou você (e aí nós que precisaremos de ajuda), mas também para vermos o pouco valor que possui o ‘material’ diante da vida.
Talvez isso seja apenas um delírio meu, mas se for, é quase lamentável. Afinal, creio que seria uma explicação mais digna de aceitação do que a incapacidade do homem em prever, prevenir e evitar tantos desastres mesmo havendo tanta tecnologia a sua disposição (apesar de obras muito mais rápidas e eficientes, e de um povo muito mais organizado, nem o Japão escapou; às vezes o homem não previne por egoísmo mesmo, ou por coisas até piores, mas isso não vem ao caso no momento).
Mesmo que não seja um motivo de fato, uma explicação, ainda assim é algo que devemos e podemos aprender com tudo isso. É bastante válido, diga-se de passagem.

5 comentários:

  1. Elis, o fato de eu ser Ateu, não significa que eu discorde que uma pessoa deva ser humilde e generoso com o próximo, não significa que eu seja desprovido de amor ao próximo. Eu posso ser humilde e generoso, mas não para agradar um ser superior (personificação do bem), mas para agradar ao meu ego e à pessoa ajudada. Eu possuo uma definição de moral que não necessita de Deus para dizer se é certo ou errado, apenas faço o que me faz bem, isto não significa que eu faça o mau. É complicado escrever, espero ter passado uma imagem diferente do que é ser um Ateu.

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  2. Ah, mas nem foi isso que eu quis dizer não... quis dizer no sentido de que, talvez um ateu não acredite da mesma forma que um 'não ateu' que 'desastres acontecem PARA QUE APRENDAMOS algo', como sendo um motivo para que eles aconteçam mesmo sendo fatos ruins, entende? e não no sentido de que ser ateu significa não acreditar que ser generoso e humilde são coisas boas ou que não tenham amor ao próximo e tal. Entendeu o que eu quis dizer? :T
    Vou até tirar isso do post para que não haja mais confusões. :)

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  3. Ah, tá! Perdão pela confusão :)
    Realmente eu não acredito em castigo de Deus, eu acredito na lei da física de ação e reação. Se o homem destrói a natureza, tem que arcar com a resposta, é a mesma coisa que acontece se você pisar no rabo de um gato, ele vai te arranhar por uma simples reação. Só que em proporção a natureza é maior que um gato, e nós fazemos mais do que pisar no rabo.

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  4. Ai, estou até me arrependendo de ter publicado isso!!! :( Eu nem pensei nisso de castigo de Deus! que palavra horrível! Pensei apenas que os desastres podem ser sentidos como uma forma de aprendizado, independentemente de ter Deus ou no meio. Ah, daqui a pouco vou excluir o post. Estou sentindo que me expresso muito mal. :(

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