Por Carlos Pinho
Autor de obras que marcaram o imaginário de jovens de muitas gerações, Monteiro Lobato nasceu na cidade de Taubaté, no dia 18 de abril de 1882. Criado num sítio, foi alfabetizado pela própria mãe e tomou gosto pela leitura ao descobrir a biblioteca do seu avô, o Visconde de Tremembé. Desde os primeiros anos de estudante, já escrevia contos para os pequenos jornais escolares.
Monteiro Lobato também escrevia para o público adulto. Escreveu textos criticando o governo da época de Getúlio Vargas e chegou até a ser preso por conta das suas declarações.
Mas, de fato, o grande sucesso do escritor deu-se pela literatura infantil. E a série de livros Sítio do Picapau Amarelo foi a sua maior façanha, levada, anos mais tarde, à tela da televisão, nas emissoras Tupi, Cultura, Bandeirantes e Globo. Personagens como Pedrinho, Narizinho, Emília, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Cuca, entre outros, permanecem vivos na lembrança dos jovens de ontem e de hoje.
Monteiro Lobato, de Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e Picapau Amarelo (1939), morreu em São Paulo , em 4 de julho de 1948, devido a um espasmo cerebral. Desde 2002, empresta a data de seu aniversário para a comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil.
Para homenagear esse ícone da literatura infantil, selecionei algumas de suas frases:
"– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e, por fim, pisca pela última vez e morre. – E depois que morre?, perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"
“Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira, mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”.
“Um governo deve sair do povo como a fumaça de uma fogueira”.
"Um país se faz com homens e livros".
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