segunda-feira, 4 de julho de 2011

A literatura de Monteiro Lobato


Por Carlos Pinho

Autor de obras que marcaram o imaginário de jovens de muitas gerações, Monteiro Lobato nasceu na cidade de Taubaté, no dia 18 de abril de 1882. Criado num sítio, foi alfabetizado pela própria mãe e tomou gosto pela leitura ao descobrir a biblioteca do seu avô, o Visconde de Tremembé. Desde os primeiros anos de estudante, já escrevia contos para os pequenos jornais escolares. 

Seu sonho era ingressar na Faculdade de Belas Artes, porém, por imposição do avô, acabou cursando Direito na antiga Faculdade do Largo do São Francisco. Além da paixão pela escrita, Monteiro Lobato também era desenhista e caricaturista.

Monteiro Lobato também escrevia para o público adulto. Escreveu textos criticando o governo da época de Getúlio Vargas e chegou até a ser preso por conta das suas declarações.




Mas, de fato, o grande sucesso do escritor deu-se pela literatura infantil. E a série de livros Sítio do Picapau Amarelo foi a sua maior façanha, levada, anos mais tarde, à tela da televisão, nas emissoras Tupi, Cultura, Bandeirantes e Globo. Personagens como Pedrinho, Narizinho, Emília, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Cuca, entre outros, permanecem vivos na lembrança dos jovens de ontem e de hoje.

Monteiro Lobato, de Reinações de Narizinho (1931), Caçadas de Pedrinho (1933) e Picapau Amarelo (1939), morreu em São Paulo, em 4 de julho de 1948, devido a um espasmo cerebral. Desde 2002, empresta a data de seu aniversário para a comemoração do Dia Nacional do Livro Infantil.

Para homenagear esse ícone da literatura infantil, selecionei algumas de suas frases:

"– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...] A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e, por fim, pisca pela última vez e morre. – E depois que morre?, perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?"

“Loucura? Sonho? Tudo é loucura ou sonho no começo. Nada do que o homem fez no mundo teve início de outra maneira, mas tantos sonhos se realizaram que não temos o direito de duvidar de nenhum”.

“Um governo deve sair do povo como a fumaça de uma fogueira”.

"Um país se faz com homens e livros".

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