Eu poderia escrever um poema sobre minha luta contra questões sociais,
A favor dos oprimidos, desfavorecidos, àqueles que sofrem preconceito
Por aqueles que passam fome, por aqueles que dizem não aguentar mais.
Por os outros tantos que sofrem de alguma doença séria, pra qual nem há jeito.
Poderia escrever também pela minha batalha contra os estúpidos,
Aqueles que são grosseiros de graça, que nada enxergam além do próprio nariz.
Ou por aqueles que se deixam levar pela ganância, extremamente cúpidos.
Pessoas que passam por cima de outras pra conseguir o que pensam que é ser feliz.
Ou talvez sobre minhas guerras e consequentes fracassos ou vitórias totalmente pessoais,
Aquelas que envolvem questões familiares, comuns e, no entanto, tão únicas.
Pessoas inconvenientes, ingratas, estilo "tudo fala e nada faz",
Questões financeiras. Lembranças sem utilidade, nem ao menos lúdicas.
Com um pouco mais de perseverança eu escreveria um poema inteiro sobre a política,
E é claro, minha, e creio que nossa, árdua luta contra a corrupção nela presente.
Políticos embriagados pelo mau-caratismo, como se este fosse uma bebida etílica.
Escândalos, roubos. Estão em seus postos por e para si mesmos, não pra fazer pela gente.
Sem me importar em ser 'quase-um-pouco-talvez' polêmica,
Posso falar da minha luta contra esse "povo-gado", que se deixa dominar.
É persuadido pela mídia, pelas falsas promessas. Gente isquêmica.
Sangue não corre, cérebro não funciona. Pensamento próprio não mais há.
Poderia me dar ao luxo de ser um pouco infantil, quase até convém com minha idade;
E dizer que luto contra os falsos amores adolescentes,
Os quais eu julgo tão tolos. Vivo só os verdadeiros. Desprezo esses sem vida, sem seriedade.
Sem amor, afinal. Há quem diga que ele não exista, mas eu e muitos mais continuaremos crentes.
No final das contas escrevi um poema sobre diversos aspectos que me causam tristeza,
E afirmo, sem sombra de dúvida, eu consigo ser feliz e continuar lutando apesar de tudo.
Sofro, choro, quase entro em desatino. Mas enxergo em meio a isso até mesmo beleza.
E admiro quem de algum modo não se mantém alheio: cego, surdo e mudo.
Então tento fazer a minha parte, da meneira que me for possível,
E vou lutando contra as injustiças, tão erradas e tão reais. Não sou guerreira.
Mas sou humana e não estou disposta a perder minha humanidade. O ruim não é invisível.
Só não vê quem não quer, e quem não quer já não é mais humano. Não sou freira.
Porém não sou má. Pequena, mas com sonhos e planos grandes.
E por conseguir ser feliz e, embora com muita dor, continuar nessa batalha,
Eu digo e afirmo: Sou vencedora. À medida que posso, corto mazelas com frandes,
E sei que a justiça dos homens é torta, porém a de Deus não falha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário