sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cá , com os meus botões . . .

Algumas perguntas sobre a política do enfrentamento e as UPPs , implementadas pelo governo do Rio de Janeiro :

A quem atende ?

Como pretende expandir isso e cumprir a promessa do governador de “pacificar” , até 2014 , TODAS as comunidades do Rio (que são inúmeras) ?

Como fazer com que a força e a repressão não sejam os motores dessa lógica de estabelecimento da ordem , já que a linha que as separam do autoritarismo é demasiado tênue e o custo do aparelho repressivo , além de causar danos , demanda dinheiro (e muito) , mão de obra , investimentos em armas , munições , serviço de inteligência , estrutura física e preparo profissional de excelência e , enfim , é alto ?

Como garantir que esse episódio não será um remake  das operações de 2007 e 2008 ?

Quais as garantias de que o tráfico não voltará mais a dar as cartas na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão ?

Como garantir que essa política não seja a válvula de escape de uma criminalização do pobre e , principalmente , de quem mora nas comunidades , que já são tão estigmatizados ?

E a milícia ? Como será a postura do governo do estado e da secretaria de segurança com relação a esse grupo criminoso , considerando que o foco das atenções , nos útimos dias , concentrou-se nos traficantes ?

Outras questões , no decorrer das postagens , serão levantadas ?           

Afinal , se perguntar não ofende . . .

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