Algumas perguntas sobre a política do enfrentamento e as UPPs , implementadas pelo governo do Rio de Janeiro :
A quem atende ?
Como pretende expandir isso e cumprir a promessa do governador de “pacificar” , até 2014 , TODAS as comunidades do Rio (que são inúmeras) ?
Como fazer com que a força e a repressão não sejam os motores dessa lógica de estabelecimento da ordem , já que a linha que as separam do autoritarismo é demasiado tênue e o custo do aparelho repressivo , além de causar danos , demanda dinheiro (e muito) , mão de obra , investimentos em armas , munições , serviço de inteligência , estrutura física e preparo profissional de excelência e , enfim , é alto ?
Como garantir que esse episódio não será um remake das operações de 2007 e 2008 ?
Quais as garantias de que o tráfico não voltará mais a dar as cartas na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão ?
Como garantir que essa política não seja a válvula de escape de uma criminalização do pobre e , principalmente , de quem mora nas comunidades , que já são tão estigmatizados ?
E a milícia ? Como será a postura do governo do estado e da secretaria de segurança com relação a esse grupo criminoso , considerando que o foco das atenções , nos útimos dias , concentrou-se nos traficantes ?
Outras questões , no decorrer das postagens , serão levantadas ?
Afinal , se perguntar não ofende . . .
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