sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PARLAMENTO INGLÊS AUMENTA VALOR DO ENSINO UNIVERSITÁRIO E GERA QUEBRA-QUEBRA EM LONDRES!


Enquanto dentro do Parlamento era votado o projeto que aumenta os preços do ensino universitário, tema que dividiu a aliança governista e gerou um resultado muito espremido, policiais perseguiram estudantes em incidentes violentos pelo centro de Londres.

Alguns manifestantes jogaram tinta e quebraram uma janela do carro onde estava o príncipe Charles e sua esposa Camilla. Apesar do grande tumulto o casal não se feriu. Prédios públicos e lojas também tiveram vidros quebrados.

O aumento das taxas universitárias é parte das medidas de austeridade com que a aliança conservadora-liberal do governo pretende controlar o déficit público.

Analistas políticos afirmam que essas manifestações seriam somente o início e que podem estar anunciando distúrbios ainda maiores no ano que vem, quando outros cortes forem sentidos e os sindicatos se mobilizarem.

Perto do Parlamento, manifestantes aos gritos de: “- queremos nosso dinheiro de volta", cercaram a sede do Tesouro, arrombaram uma porta e enfrentaram a tropa de choque dentro do edifício.

Houve incidentes também na Oxford Street, importante rua comercial, onde vitrines foram quebradas. Vinte pessoas foram presas, e dez policiais ficaram feridos. Um fotógrafo da Reuters (olha um deles aí de novo!) foi levado a um hospital depois de ser atingido por uma pedra no rosto.

A polícia, que disse que dezenas de milhares de pessoas participaram da manifestação, inclusive alguns jovens encapuzados, já havia alertado, que como em outras manifestações estudantis, grupos violentos poderiam tentar protagonizar os protestos.

O projeto acabou sendo aprovado com uma maioria de 21 votos, e 27 deputados governistas votaram contra, enquanto outros se abstiveram.

"- É a menor maioria do governo em 2010. Menos que você teria imaginado há duas semanas", disse Philip Cowley, professor de ciência política da Universidade de Nottingham.

É improvável que a aliança criada há sete meses caia, mas analistas dizem que novas divisões por causa das restrições orçamentárias tornariam a vida cada vez mais difícil para o Partido Liberal-Democrata, sócio mais à esquerda da parceria e principal alvo dos manifestantes.

O projeto, que deve ir a votação na Câmara dos Lordes na próxima terça-feira, eleva a cobrança máxima nas universidades a quase 9.000 libras, cerca de US$ 14,1 mil por ano, quase triplicando o valor atual.

E eu que achava que só havia político safado, aqui no Brasil.

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