Nascido na atual Londres em 1899 e falecido em Los Angeles em 1980, naturalizado norte-americano em 1955, Alfred Hitchcock compete ao posto de maior diretor-cineasta norte-americano com nomes como Woody Allen, Steven Spielberg e Tarantino. Mesmo aqueles que não lhe atribuem o título, não negam sua competência, mais especificamente no gênero suspense.
Teve em “Rebecca” sua primeira indicação ao Oscar. Apesar de não ter ganho o prêmio de melhor diretor, “Rebecca” levou a estatueta de melhor filme. “Correspondente de Guerra” (1940), “Quando Fala o Coração” (1945) e “Interlúdio” (1946) são algumas outras produções suas indicadas ao Oscar. “O Sabotador” (1942) foi o primeiro filme produzido pela Universal e “Psicose” (1960) venceu o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante (Janet Leigh). Muitos de seus filmes possuem mais de um nome, e em comum, boa qualidade.
Diretor de mais de 50 longas-metragens como “Um barco e nove destinos“ (1944), “Um Corpo que cai“ (1958) e “Os Pássaros” (1963), Hitchcock é conhecido pelas suas manias. Como, por exemplo, a de sempre dar um jeito de aparecer em suas produções, nas quais seu figurino era sempre o famoso terno preto.
A grande diferença entra ele e a maioria dos cineastas da época é que, apesar dos filmes de Alfred não serem comerciais, ainda assim tinham apoio industrial e comercial. Ele foi incrivelmente capaz de transformar contos e livros desconhecidos em grandes produções cinematográficas. E dentre obras suas que não foram bem-sucedidas no aspecto bilheteria há, por exemplo, “Vertigo” (Um Corpo que Cai/ A Mulher que Viveu duas vezes), considerado pelo Instituto de Cinema Americano um dos cem melhores filmes da história. Apenas mais uma prova do que atualmente conhecemos muito bem: sucesso comercial não significa qualidade cinematográfica e vice-versa.
Uma característica comum em suas obras era a de transformar objetos simples em causadores de terror, como em “Strangers on a Train” (1951; Pacto Sinistro/ O Desconhecido do Norte-Expresso), no qual um isqueiro provocava medo, e também os óculos de uma das personagens; em “Rope” (A Corda; 1948), era um pedaço de corda; em “Frenzy” (1972), uma simples gravata tornou-se uma arma; dentre outros.
Com tantas boas produções em seu currículo é mais que justo que ele seja homenageado e que suas obras possam ser vistas por todos, inclusive pelos mais jovens. É por isso que até o dia 14 de julho desde ano, o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) - localizado na Rua Primeiro de Março, nímero 66 - Centro, Rio de Janeiro - exibe gratuitamente 54 longas seus, 5 curtas e os 117 episódios da série TV “Hitchcock Presents”. Não percam!
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