Atualmente a questão sustentável se tornou mais do que a palavra propriamente indica ser, virou marca lucrativa. Ela é “vendida” por empresas que desejam atrelar seus produtos a um selo que pode trazer bons retornos.
Mas o quanto os produtos que trazem essa marca realmente ajudam o meio ambiente e o quanto não passam de discurso para faturar mais?
Partindo desse princípio, uma equipe de pesquisadores veio para decepcionar os consumidores que buscam cada vez mais os produtos “verdes’, ou ecologicamente corretos, ao afirmar que os ingredientes destes produtos podem ter origem em uma surpreendente fonte: o petróleo.
Em um estudo apresentado nesta semana no 241º encontro da Sociedade Americana de Química, a cientista Cara Bondi descreveu sua análise de mais de uma dúzia de produtos de limpeza de louças e roupas, além de líquidos de higiene pessoal.
Sem definições legais para produtos com desenvolvimento sustentável, natural ou renovável, Cara Bondi e seus colegas usaram um indicador incontestável cientificamente:
“De onde é que o carbono destes produtos se origina? Será que vem das plantas ou de produtos petroquímicos produzidos sinteticamente a partir do petróleo?”
Para responder a essa pergunta, a equipe de Bondi buscou uma variação da famosa técnica de datação por carbono 14, geralmente utilizado para a análise de carbono em fósseis, tecidos e outros artefatos. A técnica foi usada para determinar a origem do carbono nos produtos de limpeza, já que legalmente não há definições determinantes de "sustentável, natural ou renovável" no conteúdo de carbono do produto.
Os produtos testados, vendidos como verdes no mercado americano, traziam em suas fórmulas, muito menos de 50% do carbono derivado de fontes naturais. Alguns apresentaram somente 28% do carbono com origem orgânica.
Cara Bondi afirma que em um dos casos mais notáveis, um produto que era vendido como “livre de petróleo” continha 31% de carbono gerado a partir desta fonte.
“- Nem todo o carbono é criado igual. O carbono proveniente do petróleo não é um recurso renovável. Ninguém contesta que precisamos usar menos petróleo, e os produtos de consumo diário não podem ser exceção”, afirma Bondi.
O estudo mostrou que alguns produtos de limpeza como sabão em pó, líquido para lavar louça e sabonete que afirmam ser eco-friendly, não estão 100% livre de petróleo, tal como falam em suas embalagens e etiquetas.
O estudo mostrou uma variação incrível de marca para marca, e provou que nenhum deles é 100% "verde" ou derivado somente de materiais à base de plantas.
As especificações estão por toda a parte como produtos para lavar as mãos contendo 28% de carbono de origem vegetal, líquido para lavagem de roupas também contendo 28% e detergente líquido que obteve o melhor resultado apresentando 43% de carbono "verde". Nenhum deles apresentou 100% carbono vegetal em sua origem, mas os produtos de limpeza comercializados como "produtos verdes" contêm 50% mais carbono à base de plantas que outros produtos de limpeza.
O estudo também descobriu muitas discrepâncias de rótulo para o conteúdo real. Por exemplo, um produto que diz ser "livre de química de petróleo" possui, de fato, apenas 69% de carbono à base de plantas, o restante é derivado do petróleo.
Pelo menos agora descobrimos que as informações fraudulentas nas etiquetas que indicam "produto verde" ou "livre de petróleo" nos produtos de limpeza disponíveis no mercado, apesar de propaganda enganosa, servem para mostrar que estes produtos contêm muito menos carbono originado do petróleo do que produtos de consumo sem a classificação verde.
Na verdade, o mundo se preocupa mais com outro “produto” de cor verde: o Dólar!
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Abç