Sua estréia no teatro profissional foi em 1956, na peça A casa de chá do luar de agosto, de John Patrick. Paulo Francis escreveu sobre Ítalo Rossi: “Nasce um ator e não se deve tocar nele.“ Ítalo foi um dos fundadores da Companhia Teatro dos Sete, em 1959, ao lado de nomes como Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Sérgio Britto, dentre outros, que formam o grupo que conseguiu dar ao teatro nacional um status de grande arte. Dentre grandes obras das quais participou encontra-se o Grande Teatro Tupi, programa que, ao vivo, adaptava grandes clássicos teatrais; e que ficou no ar durante seis anos na TV Tupi, depois transferiu-se para a TV Rio e depois para a TV Globo. O teleteatro é uma referência na história da TV e do teatro brasileiro. A montagem O Mambembe, de Artur Azevedo, da qual Ítalo fez parte, é considerada um marco no teatro nacional.



Na noite de terça-feira, pouco após o seu falecimento, o ator recebeu uma homenagem pela atriz Débora Duboc, na peça “O Homem, a besta e a virtude”, que só tinha sido apresentada uma vez, em 1964, justamente no Teatro dos Sete.
Ítalo Rossi geralmente interpretava papéis coadjuvantes, mas apesar disso em todos eles pôde mostrar seu talento e conquistar seu espaço como um bom ator, cujo falecimento lamentamos. Sempre demonstrou técnica e domínio de cena; seu carisma e sua voz sempre conquistaram o público.

Um apaixonado pelo que fazia só podia realmente ser tão bom e competente. Adeus, Ítalo querido! Veremo-nos nas reprises.
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