sexta-feira, 12 de agosto de 2011

E por falar em Claridade



Por Carlos Pinho 

A menina guerreira Clara Nunes faria hoje 69 anos. Dona de uma voz única e de graciosidade digna de uma rainha do samba, Clara nasceu na cidade de Paraopeba, em Minas Gerais. 

Iniciou a carreira aos 16 anos como Clara Francisca, quando participava de programas de rádio e de festivais locais, interpretando boleros. Na década de 1960, já carregando o nome artístico que a consagrou, sua carreira começa a deslanchar, mas só grava o primeiro LP em 1966 com um título bem apropriado: “A voz adorável de Clara Nunes”. 

O ano de 1968 representou um divisor de águas em sua carreira como sambista, quando emplacou seu primeiro sucesso, “Você passa e eu acho graça”, de Ataulfo Alves e Carlos Imperial. Pesquisadora das danças e tradições afro-brasileiras, Clara consolidou-se de vez na década de 1970, sendo a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias. A mineira foi também puxadora de samba da sua tão amada Portela, no Carnaval de 1975, defendendo o samba “Macunaíma, herói da nossa gente”. 

Morreu em 4 de abril de 1983, num Sábado de Aleluia, após sofrer um choque anafilático durante cirurgia de varizes. Apesar de ausente há quase três décadas, sua voz ainda ecoa, noite e dia, nos corações brasileiros, principalmente nos dos portelenses.


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